terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dedicatória

O Autor dedica este Livro à memória de Oldair e João Fragata, que estão noutra dimensão da vida. E, aos amigos Ladair Zanchetti e Eduardo de Oliveira, que lutam no combate ao câncer, com o firme propósito da superação do mal.

Ficha Catalográfica - O Câncer

Copyright 2010
ISBN: 978-85-98533-05-6

GERÊNCIA EDITORIAL
E DE PRODUÇÃO
Gilmar Prado de Oliveira

PESQUISA, DIGITAÇÃO
E ESTRUTURAÇÃO
Jairo de Lima Alves

CAPA
Equipe Empreditora

IMPRESSÃO
E ACABAMENTO
Gráfica Pontual

Dados Internacionais de Catalogação
Na Publicação (CIP)

Pensamentos que Edificam/Jairo de Lima Alves, Mundo Novo, MS
66 Páginas
ISBN: 978-85-98533-05-6
1 Conhecimento– Cultura I. Título II

É proibida a reprodução total ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios, a não ser em citações breves, com indicação da fonte bibliográfica.
Este livro obedece às regras e mudanças propostas pelo novo Acordo Ortográfico que entrou em vigor em janeiro de 2009.
.....................................................................

1 edição: dezembro / 2010

EMPRESA EDITORIAL MS LTDA
RUA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA, 820
79980-000 - MUNDO NOVO, MS
TEL.:0**(67)3474-3125 - 3474-3151
WWW.RECANTODOESCRITOR.COM.BR

domingo, 7 de novembro de 2010

Orçamento - Pref. Mundo Novo

Orçamento

Informativo da Prefeitura de Mundo Novo

I. PAPEL SULFITE 90G, 12 PP EM CORES, FORMATO EXECUTIVO “BERLINER”, COM 3 MIL EXEMPLARES. INCLUSOS SERVIÇOS DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO.
CUSTO: R$2.920,00

II. PAPEL SULFITE 90G 12 PP EM CORES, FORMATO EXECUTIVO “BERLINER”, COM 5 MIL EXEMPLARES. INCLUSOS SERVIÇOS DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO.
CUSTO: R$4.180,00

III. PAPEL SULFITE 90G, 8 PP EM CORES, FORMATO EXECUTIVO “BERLINER”, COM 3 MIL EXEMPLARES. INCLUSOS SERVIÇOS DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO..
CUSTO: R$2.380,00

IV. PAPEL SULFITE 90G, 8 PP EM CORES, FORMATO EXECUTIVO “BERLINER”, COM 5 MIL EXEMPLARES. INCLUSOS SERVIÇOS DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO..
CUSTO: R$3.170,00

Obs. (1) Serviços realizados no formato acima, mas no papel sulfite 75g terão descontos de até 15%;
(2) Serviços realizados no formato 8, terá a mesma proporção dos preços acima mencionados.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O ANEL E A ALMOFADA

"... o livro caindo n'alma é germen que faz
a palma, é chuva que faz o mar." (Castro Alves)

Convite

Ivania Donin dos Santos tem a satisfação de convidar você
para o lançamento de seu livro, que acontece
na Cidade de Itaquiraí, em local e hora especificados abaixo:

Local:

Dia: Às Horas


Desde já, a Escritora agradece
a sua Honrosa Presença.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Catalogação: O Anel e a Almofada

Ficha Catalográfica

O Anel e a Almofada – Catalogação

GERÊNCIA EDITORIAL
E DE PRODUÇÃO
Gilmar Prado de Oliveira

PESQUISA, DIGITAÇÃO
E ESTRUTURAÇÃO
Ivania Donin dos Santos, Jairo Donin e Rafael Adriano dos Santos

REVISÃO
Antônio Alves de Souza

CAPA
Jairo Donin, Joel Donin e Ivania Donin dos Santos

IMPRESSÃO
E ACABAMENTO
Gráfica Pontual

¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬Copyright 2010

¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬Dados Internacionais de Catalogação
Na Publicação (CIP)

O Anel e a Almofada / Ivania Donin dos Santos
Itaquiraí: 2010
174 Páginas
ISBN: 978-85-98533-03-2
1 Crônica – História de Vida I. Título II

É proibida a reprodução total ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios, a não ser em citações breves, com indicação da fonte bibliográfica.
Este livro obedece às regras e mudanças propostas pelo novo Acordo Ortográfico que entrou em vigor em janeiro de 2009.
.....................................................................

1 edição: novembro / 2010

EMPRESA EDITORIAL MS LTDA
RUA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA, 820
79980-000 - MUNDO NOVO, MS
TEL.:0**(67)3474-3125
WWW.TRIBUNADOPOVO.COM

domingo, 19 de setembro de 2010

Governo Sério (sic)

Guilherme Filho sabe tudo de Governo

Se o presidente Barack Obama conhecesse Guilherme Filho diria que ele é “o cara”, a exemplo do que fez com o presidente brasileiro.

Isto porque Gui está no poder há anos, antes mesmo do chamado “Dossiê da Corrupção”.
Hoje dizem que Puccinelli só nunca tirou ele do Governo porque o “cara” sabe tudo. Ou seja, sempre trabalhou como um verdadeiro “mineirinho”. Vai dai que...
O Ministério Público deveria dar uma ligeira investigada no Guilherme Filho, que conheço desde a época do Jornal Diário Serra.
Naquele época Guilherme Filho tentou, por todas as maneiras, tirar o César Quintas Guimarães da diretoria-executiva. Tramaou de todas as formas, até fazendo correr um abaixo-assinado pedindo a retirada do César da frente do jornal, para assumir o J. Sá Maia.

Porém, em uma jogada de verdadeiro abutre -aquele que só come a presa quando está morta - Guilherme não colocou seu nome na lista.

Votar em quem não presta

Esse é um dos homens que comanda a cabeça do Puccinelli, que se acha imbatível e acima de Deus, pois diz que tem orgulho de não possuir alma.
Como apoiar e votar em um homem que somente quer a desgraça das pessoas e que só pensa nele e em mais ningúem.
Pelo nome dos meus filho, netos, amigos e familia não posso fazer isto.
Por nada neste mundo voto em um homem que é cercado por um bando de quadrilheiro, a exemplo do seu apoiador Ari Artuzi.

Na cadeia

É só o MP investigar a fundo e verá que o que escrevo é verdade, assim como vem fazendo o STJ, que quer condená-lo e a Assembléia não deixa.
Senhor Puiccinelli, que nem nascido no Brasil é - nasceu na Italia - Por que o senhor, que se diz Governo Sério, não deixa o STJ continuar com as investigações.
Tem medo de parar na cadeia, a exemplo do que vem acontecendo com muitos, entre eles seu ex-amigo Ari Artuzi (na foto abraçado contigo e rindo a vontade).
Hoje Artuzi, que junto ao senhor devia estar rindo do povo, está na cadeia e o amanhã só Deus sabe o que pode acontecer.

A Justiça sempre foi e será Divina, pois cedo ou tarde chega para todos, principalmente para quem tem orgulho de dizer que "não tem alma".

(Nilson Pereira)

sábado, 28 de agosto de 2010

TRIBUNA DO POVO - CIRCULAÇÃO REGIONAL

CIRCULAÇÃO REGIONAL

MUNDO NOVO: (2.300); ELDORADO: (600); IGUATEMI: (600); JAPORÃ: (400); ITAQUIRAÍ: (600); NAVIRAÍ: (900); TACURU: (300); SETE QUEDAS: (300); CAMPO GRANDE: (900); GUAÍRA: (800); CIDADES DO PARAGUAI: (700); ARQUIVO E COMPROVANTES: (100). TOTAL: 8.500 EXEMPLARES.

PAPEL JORNAL 52GMS: 26 RESMAS, NA EQUIVALÊNCIA DE 390 KG PARA CADA EDIÇÃO COM 12 PÁGINAS.

ORDEM DE IMPRESSÃO

ORDEM DE IMPRESSÃO

A EMPRESA EDITORIAL MS LTDA., através de seu Departamento Editorial de Jornais, Livros e Revistas, efetuou na data de 26 de agosto de 2010, serviços de editoração, Impressão e acabamento do Jornal Tribuna do povo, CNPJ 00990325000169, com sede à Rua Voluntários da Pátria, 820 – Cidade de Mundo Novo. Os serviços foram realizados em papel Jornal imune 52 grs, marca pisa, com a tiragem de 8.500 exemplares, no formato berliner, com 12 páginas, sendo 4 coloridas, com um consumo médio de 26 resmas (aproximdamente 390 kg) de papel, considerando eventuais perdas na impressão gráfica.

EDITORA - CUSTOS DE PRODUÇÃO

ESTIMATIMATIVA DE CUSTOS DE PRODUÇÃO,
COM A UTILIZAÇÃO DE PAPEL IMUNE E CHAPAS

JORNAL - CADA 1000 EXEMPLARES

- COM 12 PAGS - CAPAS COLORIDAS:
3 RESMAS DE PAPEL 52G (120,); 9 CHAPAS (80,)
OUTROS CUSTOS AGREGADOS (200,)

TOTAL APROXIMADO: R$400,

- COM 12 PAGS - 4 EM CORES
3 RESMAS DE PAPEL (120,) 12 CHAPAS (120,)
OUTROS CUSTOS (200,)

TOTAL APROXIMADO: R$440,

REVISTA - CADA 1000 EXEMPLARES

- CADA CADERNO DE 4 PAGS - CUSTO MÉDIO
FORMATO 4, EM CORES - PAPEL COUCHÊ

PAPEL 115G: UMA RESPA DE 250 FLS (90,)
CHAPAS: 4 (40,) - OUTROS CUSTOS (60,)

TOTAL APROXIMADO: R$190,

LIVRO - CADA 500 EXEMPLARES
CAPAS EM CORES - MIOLO P/B

CADA 64 PÁGINAS - CUSTO MÉDIO
FORMATO 8 (14X21) - PAPEL SULFITE 75G

PAPEL COUCHÊ 250G CAPA: 930 FLS (32,)
PAPEL SULF.75G MIOLO: 930 FLS (186,)
OUTROS CUSTOS: R$382,

TOTAL APROXIMADO: R$600,

terça-feira, 13 de julho de 2010

Eleições 2010

Ficha Limpa já ameaça ao menos
1.614 candidatos no País

A Lei da Ficha Limpa tem multiplicado os pedidos para que a Justiça Eleitoral exclua das eleições deste ano políticos ficha-suja. Até esta terça-feira, 13, 1614 contestações de candidaturas tinham sido protocoladas em Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de 15 Estados.
Grande parte delas questiona a participação de políticos condenados por tribunais ou que renunciaram para escapar de cassações. A Justiça Eleitoral tem até 19 de agosto para analisar as contestações.

O número de questionamentos deve ser muito maior já que ainda não começaram a ser impugnadas as candidaturas do Estado de São Paulo, que tem mais de 3 mil políticos registrados.
O desembargador Walter de Almeida Guilherme, presidente do TRE paulista, o maior do País, disse que a corte não se manifestou sobre Ficha Limpa porque os registros dos candidatos ainda estão sendo processados. O atraso ocorreu por causa da greve dos servidores do Judiciário – ontem, após 69 dias de paralisação, a categoria decidiu retomar as atividades. "O tribunal deve ser bastante rigoroso no sentido de que a lei seja aplicada", disse Guilherme.

Entre os que correm o risco de ficar de fora da disputa em várias regiões estão políticos conhecidos como o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) e os ex-governadores Anthony Garotinho (RJ), Joaquim Roriz (DF), Jackson Lago (MA), Ronaldo Lessa (AL) e Marcelo Miranda (TO).

Mesmo que a Justiça Eleitoral rejeite as candidaturas dos fichas sujas, os políticos poderão fazer campanha e até ter os seus nomes incluídos na urna eletrônica. Mas disputarão por conta e risco. No futuro, poderão ter suas candidaturas cassadas.

Recorde

Em Alagoas, o procurador regional eleitoral, Rodrigo Tenório, deu entrada em 380 pedidos de impugnação – 86% do total de 438 candidatos que pediram registro no TRE –, incluindo o do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que pretende disputar o governo do Estado, pelo PDT. Lessa foi condenado por abuso de poder político e econômico. Em Goiás, o Ministério Público Eleitoral pediu a impugnação de 180 candidatos.

A Procuradoria do Amazonas encaminhou ao TRE 117 pedidos, sendo quatro de candidatos ao Senado, apenas uma por conta da lei da Ficha Limpa, a de Marilene Corrêa (PT). Ex-secretária de Ciência e Tecnologia, Marilene teve suas contas rejeitadas em 2005 pelo Tribunal de Contas do Estado. O PT regional não comentou o caso.

No Mato Grosso do Sul chega a 104 o número de pedidos de impugnação, entre eles a da candidata a vice-governadora de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, advogada Tatiana Azambuja Ujacow, do deputado federal Dagoberto Nogueira Filho (PDT), que concorre ao Senado, e o suplente do senador Delcídio do Amaral (reeleição), Pedro Chaves Santos Filho.

A impugnação de Tatiana Ujacow ocorreu por falta de documentos que comprovam o afastamento do cargo de professora na Universidade Federal-MS, conforme alegação ao TRE. Ela informou que já está tomando providências. O presidente do TRE-MS, desembargador Luiz Carlos Santini, afirmou que 340 dos 353 (96,31%) pedidos de registro não foram entregues completos.

Em Macapá, o Ministério Público pediu impugnação de registro de Alberto Capiberibe (PSB), ex-senador e ex-governador do Amapá. Em 2004, Capiberibe teve o mandato de senador cassado, acusado de comprar votos..

O TRE do Ceará está analisando 42 impugnações, como a do candidato ao governo pelo PV, Marcelo Silva, que entrou com recurso, e do ex-presidente estadual do PT, Ilário Marques, que teve contas rejeitadas quando prefeito de Quixadá.

No Rio Grande do Norte, a ex-governadora Wilma de Faria, candidata ao Senado pelo PSB, e outros 25 candidatos enfrentarão ações de impugnação. Segundo a Procuradoria Eleitoral, Wilma não pode concorrer porque não está quites com a Justiça Eleitoral, que a multou. O advogado de Wilma, Erick Pereira, negou que ela tenha algum débito.

Jornal do Brasil será Online

O Jornal do Brasil divulgou hoje o anúncio acima informando que a partir de 1º de setembro deixará de ser impresso em papel e ficará apenas com sua edição na internet. O diário do Rio de Janeiro (RJ) é um dos mais antigos da América do Sul. Sua primeira edição foi impressa em 1891.

A propaganda informa: "'O Jornal do Brasil consultou seus leitores ao longo de um mês. Como sempre eles querem modernidade. Estar à frente do seu tempo. Tradição e pioneirismo." Na verdade, o motivo da decisão é financeiro. Com cerca de R$ 100 milhões em dívidas e vendo a circulação despencar, o empresário Nelson Tanure tentou, acionista majoritário do JB, tentou encontrar um comprador para o jornal. Como não conseguiu, a opção foi ficar só na internet já que os custos de impressão e circulação são muito elevados.

Primeiro jornal brasileiro a lançar sua edição na internet, em 1994, o Jornal do Brasil tem atualmente 180 funcionários, dos quais 60 são jornalistas, e uma tiragem que de 17 mil exemplares nos dias úteis da semana que chega aos 22 mil exemplares aos domingos, conforme dados divulgados pela assessoria de imprensa da empresa.

O diário já contou com colaboradores históricos, como Rui Barbosa e Eça de Queirós. O jornal foi comprado em 2001 por Nelson Tanure, antigo responsável pela Gazeta Mercantil, jornal diário especializado em economia que deixou de circular em 2009 também por problemas financeiros.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Catalogação de Livros

CBL - Catalogação

A partir do dia 21 de maio, segunda-feira, a equipe de Catalogação da CBL vai trabalhar na antiga sede do Centro da cidade (Avenida Ipiranga, 1.267 - 10º andar), que foi totalmente reformada e modernizada. A mudança visa melhorar o atendimento, num local bem mais amplo e com mais recursos tecnológicos.

Os serviços da catalogação são de muita importância dentro do mercado editorial. Todos os livros publicados no Brasil devem conter a Catalogação na Publicação, de acordo com o padrão internacional estabelecido em 1971 (Cataloging-in-Publication – CIP) e com o artigo 6 do Capítulo 3 da Lei do Livro de 2003.

Ela reúne num único lugar, geralmente no verso da página de rosto, dados pertinentes à obra, como nome do autor, editora, ano de publicação, ISBN e assunto.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Governo de MS - Exigência Legal 1

Exigência 1:

Campo Grande-MS, 11 de maio de 2010
CARTA CIRCULAR URGENTE

Das: Agências de Publicidade que prestam serviços para o Governo de Mato Grosso do Sul
Para: Emissoras de Televisão, Emissoras de Rádio, Jornais, Sites de Notícias e demais veículos

Nova Lei estabelece exigências obrigatórias para veicular e receber mídia do Governo estadual:
• o veículo deve estar cadastrado como fornecedor no Governo MS;
• o veículo deve apresentar tabela de preços original, assinada pelo represen­tante legal da empresa, com carimbo de CNPJ e validade mínima de seis (6) meses.

Para atender as determinações da Lei 12.232/10, de 29 de abril de 2010, que “Dispõe sobre as normas gerais para licitação e contratação pela administração pública de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda e dá outras providências”, as agências de publicidade que atendem o Governo do Estado solicitam, com a máxima urgência, que este veículo adote as seguintes providências:
1 – Efetue seu cadastro de fornecedor junto à Central de Compras do Governo de Mato Grosso do Sul (www.centraldecompras.ms.gov.br) – (Art. 14);
2 – Apresente 17 exemplares originais da tabela de preços, no valor bruto, com validade mínima de seis (6) meses, constando CNPJ, endereço e assinatura do responsável. A tabela única para as agências e para o mercado publicitário como um todo servirá de parâmetro legal e será publicada em site próprio, conforme determina a nova legislação. (Art. 16)
Salientamos que o cumprimento das exigências acima não exclui nenhuma obrigação anterior, tais como a apresentação das certidões fiscais.
A lei está em vigor desde 30/4/2010, portanto, somente estarão aptos a receber mídia do cliente Governo do Estado de Mato Grosso do Sul os veículos que atenderem estes requisitos, bem como receber quaisquer pagamentos que ainda não tenham sido efetivados, mesmo de autorização ou contrato anterior à Lei 12.232/10 e que ainda esteja em aberto. (Art. 20)
O cadastro deve ser feito de imediato, junto à Central de Compras do Governo MS. As tabelas (17 originais) devem ser enviadas, pelo Correio, diretamente para o SINAPRO/MS no seguinte endereço:

SINAPRO/MS: Av. Afonso Pena, 3504, sala 53 - Centro - Ed. Empire Center - CEP 79002-075 - Campo Grande - MS

terça-feira, 11 de maio de 2010

Cadastro no Estado - Instrução e Modelos

Tipo de Natureza:
Sociedade Anônima

Cadastro
Requerente:
Telefone de Contato:

Atendido
Ato Constitutivo (estatuto ou contrato social e alterações)
Cédulas de identidade e CPF (Diretores, Dirigentes)
Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);
Prova de inscrição de contribuinte estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede da entidade, pertinente ao seu ramo de atividade compatível com o objeto contratual;
Alvará de Funcionamento

Registro ou Inscrição na Entidade de Classe competente, de acordo com sua clientela

Relação de Serviços a serem prestados e/ou Relação de Produtos a serem comercializados

Atestados de Fornecimentos e/ou Serviços Anteriores (no mínimo 02 por classe)
Balanço Patrimonial e Demonstrações Contábeis acompanhado dos termos de abertura e encerramento do livro diário (último exercício registrado na Junta Comercial), e Índices Econômicos: Solvência Geral, Liquidez Geral, Liquidez Corrente conforme item 06 das informações cadastrais.

Certidão Negativa do FGTS, se aplicável
Certidão Negativa do INSS, se aplicável
Prova de Quitação com a Fazenda Federal (Secretaria da Receita Federal e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - Dívida Ativa)
Prova de Quitação com a Fazenda Municipal

Prova de Quitação com a Fazenda Estadual

Certidão Negativa de Pedido de Falência/Concordata ou de Execução Patrimonial

Última ata de Eleição dos Administradores, registrada na Junta Comercial

Observações:A. Para renovação do cadastro é obrigatório a apresentação de todas as certidões e documentos que encontram-se vencidos.B. Para qualquer alteração é solicitado a apresentação do contrato social ou estatutoC. A relação acima está embasada nos art.ºs 27 ao 31 e 34 a 37 da Lei 8.666/93D. Todas as cópias deverão ser autenticadas em CartórioE. As documentações acima devem ser entregues no guichê da SL/SADF. Em caso de dúvidas ligue: (0XX67) 3318-1390 ou pelo e-mail cadastrofornecedor@sad.ms.gov.brG. Certidões que não constam validade expressa serão aceitas pelo prazo de 90 dias

Modelo de Solicitação de Inscrição
CADASTRO CENTRAL DE FORNECEDORES

1) Correspondência
Senhor Superintendente:
A Empresa/Entidade ______________________________________________________________________________________________, requer sua ( ) inscrição ( ) renovação ( ) alteração no Cadastro Central de Fornecedores nas especialidades abaixo relacionados, apresentando para esse fim toda a documentação exigida, e declarando que:1. Autoriza a Superintendência de Licitação a obter todas às informações julgadas necessárias com relação às capacidades técnica e financeira da empresa/entidade;2. Comunicará a Superintendência de Licitação, por escrito, todas as alterações ocorridas na empresa, de ordem econômica, administrativa, técnica e jurídica;3. Fornecerá, em qualquer época e oportunidade, os documentos e informações julgadas necessária pela Superintendência de Licitação;Tendo pleno conhecimento da Legislação pertinente e respondendo pela veracidade das informações prestadas,

Pede deferimento._________________________, _______________________Local e data__________________________Assinatura e CarimboRepresentante Legal
2) Relação dos Grupos e Classes de Materiais e Serviços ( Anexo da Correspondência)
Discriminação de especialidades - Classes de Materiais e/ou Serviços

3) Informações Cadastrais
NOME/RAZÃO SOCIAL
NOME FANTASIA
ENDEREÇO
NUMERO
SALA/LOJA/CONJUNTO
BAIRRO
CIDADE
UF
CEP
E-MAIL
FAX
TELEFONE
RAMAL
INSCRIÇÃO CNPJ
INSCRIÇÃO ESTADUAL
INSCRIÇÃO MUNICIPAL
REPRESENTANTE
TELEFONE

CELULAR

ENDEREÇO

SALA/LOJA/CONJUNTO
CAPITAL SOCIAL
PATRIMÔNIO
4) Diretoria
NOMES
CARGOS

5) Movimentação Bancária
BANCO
AGÊNCIA
Nº CONTA CORRENTE
CIDADE

6) Informações ObrigatóriasDocumentação relativa à QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA:
A análise da qualificação econômico-financeira será feita, utilizando-se os seguintes índices, que deverão vir calculados em documento anexo ao balanço patrimonial, aplicando-se as seguintes formulas abaixo:
1 - Liquidez Geral (LG)LG = Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo > 1Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
2 - Liquidez Corrente (LC)LC = Ativo Circulante > 1Passivo Circulante
3 - Solvência Geral (SG) SG = Ativo Total > 1Passivo Circulante + Passivo Exigível à Longo Prazo

Estarão CADASTRADAS somente as empresas que apresentarem resultado igual ou maior a 1 (um) nos índices de SG, LG, LC. que deverão estar assinados pelo contador responsável e representante legal.

LEI Nº 12.232 - Licitações

LEI Nº 12.232,
de 29 DE ABRIL de 2010

Dispõe sobre as normas gerais para licitação e contratação pela administração pública de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratações pela administração pública de serviços de publicidade prestados necessariamente por intermédio de agências de propaganda, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 1o Subordinam-se ao disposto nesta Lei os órgãos do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, as pessoas da administração indireta e todas as entidades controladas direta ou indiretamente pelos entes referidos no caput deste artigo.

§ 2o As Leis nos 4.680, de 18 de junho de 1965, e 8.666, de 21 de junho de 1993, serão aplicadas aos procedimentos licitatórios e aos contratos regidos por esta Lei, de forma complementar.

Art. 2o Para fins desta Lei, considera-se serviços de publicidade o conjunto de atividades realizadas integradamente que tenham por objetivo o estudo, o planejamento, a conceituação, a concepção, a criação, a execução interna, a intermediação e a supervisão da execução externa e a distribuição de publicidade aos veículos e demais meios de divulgação, com o objetivo de promover a venda de bens ou serviços de qualquer natureza, difundir ideias ou informar o público em geral.

§ 1o Nas contratações de serviços de publicidade, poderão ser incluídos como atividades complementares os serviços especializados pertinentes:

I - ao planejamento e à execução de pesquisas e de outros instrumentos de avaliação e de geração de conhecimento sobre o mercado, o público-alvo, os meios de divulgação nos quais serão difundidas as peças e ações publicitárias ou sobre os resultados das campanhas realizadas, respeitado o disposto no art. 3o desta Lei;

II - à produção e à execução técnica das peças e projetos publicitários criados;

III - à criação e ao desenvolvimento de formas inovadoras de comunicação publicitária, em consonância com novas tecnologias, visando à expansão dos efeitos das mensagens e das ações publicitárias.

§ 2o Os contratos de serviços de publicidade terão por objeto somente as atividades previstas no caput e no § 1o deste artigo, vedada a inclusão de quaisquer outras atividades, em especial as de assessoria de imprensa, comunicação e relações públicas ou as que tenham por finalidade a realização de eventos festivos de qualquer natureza, as quais serão contratadas por meio de procedimentos licitatórios próprios, respeitado o disposto na legislação em vigor.

§ 3o Na contratação dos serviços de publicidade, faculta-se a adjudicação do objeto da licitação a mais de uma agência de propaganda, sem a segregação em itens ou contas publicitárias, mediante justificativa no processo de licitação.

§ 4o Para a execução das ações de comunicação publicitária realizadas no âmbito dos contratos decorrentes das licitações previstas no § 3o deste artigo, o órgão ou a entidade deverá, obrigatoriamente, instituir procedimento de seleção interna entre as contratadas, cuja metodologia será aprovada pela administração e publicada na imprensa oficial.

Art. 3o As pesquisas e avaliações previstas no inciso I do § 1o do art. 2o desta Lei terão a finalidade específica de aferir o desenvolvimento estratégico, a criação e a veiculação e de possibilitar a mensuração dos resultados das campanhas publicitárias realizadas em decorrência da execução do contrato.

Parágrafo único. É vedada a inclusão nas pesquisas e avaliações de matéria estranha ou que não guarde pertinência temática com a ação publicitária ou com o objeto do contrato de prestação de serviços de publicidade.

Art. 4o Os serviços de publicidade previstos nesta Lei serão contratados em agências de propaganda cujas atividades sejam disciplinadas pela Lei 4680.html, de 18 de junho de 1965, e que tenham obtido certificado de qualificação técnica de funcionamento.

§ 1o O certificado de qualificação técnica de funcionamento previsto no caput deste artigo poderá ser obtido perante o Conselho Executivo das Normas-Padrão - CENP, entidade sem fins lucrativos, integrado e gerido por entidades nacionais que representam veículos, anunciantes e agências, ou por entidade equivalente, legalmente reconhecida como fiscalizadora e certificadora das condições técnicas de agências de propaganda.

§ 2o A agência contratada nos termos desta Lei só poderá reservar e comprar espaço ou tempo publicitário de veículos de divulgação, por conta e por ordem dos seus clientes, se previamente os identificar e tiver sido por eles expressamente autorizada.

CAPÍTULO II

DOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS

Art. 5o As licitações previstas nesta Lei serão processadas pelos órgãos e entidades responsáveis pela contratação, respeitadas as modalidades definidas no art. 22 da Lei 8666.html, de 21 de junho de 1993, adotando-se como obrigatórios os tipos “melhor técnica” ou “técnica e preço”.

Art. 6o A elaboração do instrumento convocatório das licitações previstas nesta Lei obedecerá às exigências do art. 40 da Lei 8666.html, de 21 de junho de 1993, com exceção das previstas nos incisos I e II do seu § 2o, e às seguintes:

I - os documentos de habilitação serão apresentados apenas pelos licitantes classificados no julgamento final das propostas, nos termos do inciso XI do art. 11 desta Lei;

II - as informações suficientes para que os interessados elaborem propostas serão estabelecidas em um briefing, de forma precisa, clara e objetiva;

III - a proposta técnica será composta de um plano de comunicação publicitária, pertinente às informações expressas no briefing, e de um conjunto de informações referentes ao proponente;

IV - o plano de comunicação publicitária previsto no inciso III deste artigo será apresentado em 2 (duas) vias, uma sem a identificação de sua autoria e outra com a identificação;

V - a proposta de preço conterá quesitos representativos das formas de remuneração vigentes no mercado publicitário;
VI - o julgamento das propostas técnicas e de preços e o julgamento final do certame serão realizados exclusivamente com base nos critérios especificados no instrumento convocatório;

VII - a subcomissão técnica prevista no § 1o do art. 10 desta Lei reavaliará a pontuação atribuída a um quesito sempre que a diferença entre a maior e a menor pontuação for superior a 20% (vinte por cento) da pontuação máxima do quesito, com o fim de restabelecer o equilíbrio das pontuações atribuídas, de conformidade com os critérios objetivos postos no instrumento convocatório;

VIII - serão fixados critérios objetivos e automáticos de identificação da proposta mais vantajosa para a administração, no caso de empate na soma de pontos das propostas técnicas, nas licitações do tipo “melhor técnica”;

IX - o formato para apresentação pelos proponentes do plano de comunicação publicitária será padronizado quanto a seu tamanho, a fontes tipográficas, a espaçamento de parágrafos, a quantidades e formas dos exemplos de peças e a outros aspectos pertinentes, observada a exceção prevista no inciso XI deste artigo;

X - para apresentação pelos proponentes do conjunto de informações de que trata o art. 8o desta Lei, poderão ser fixados o número máximo de páginas de texto, o número de peças e trabalhos elaborados para seus clientes e as datas a partir das quais devam ter sido elaborados os trabalhos, e veiculadas, distribuídas, exibidas ou expostas as peças;

XI - na elaboração das tabelas, planilhas e gráficos integrantes do plano de mídia e não mídia, os proponentes poderão utilizar as fontes tipográficas que julgarem mais adequadas para sua apresentação;

XII - será vedada a aposição, a qualquer parte da via não identificada do plano de comunicação publicitária, de marca, sinal ou palavra que possibilite a identificação do seu proponente antes da abertura do invólucro de que trata o § 2o do art. 9o desta Lei;

XIII - será vedada a aposição ao invólucro destinado às informações de que trata o art. 8o desta Lei, assim como dos documentos nele contidos, de informação, marca, sinal, etiqueta ou qualquer outro elemento que identifique a autoria do plano de comunicação publicitária, em qualquer momento anterior à abertura dos invólucros de que trata o § 2o do art. 9o desta Lei;

XIV - será desclassificado o licitante que descumprir o disposto nos incisos XII e XIII deste artigo e demais disposições do instrumento convocatório.

§ 1o No caso do inciso VII deste artigo, persistindo a diferença de pontuação prevista após a reavaliação do quesito, os membros da subcomissão técnica, autores das pontuações consideradas destoantes, deverão registrar em ata as razões que os levaram a manter a pontuação atribuída ao quesito reavaliado, que será assinada por todos os membros da subcomissão e passará a compor o processo da licitação.

§ 2o Se houver desclassificação de alguma proposta técnica por descumprimento de disposições do instrumento convocatório, ainda assim será atribuída pontuação a seus quesitos, a ser lançada em planilhas que ficarão acondicionadas em invólucro fechado e rubricado no fecho pelos membros da subcomissão técnica prevista no § 1o do art. 10 desta Lei, até que expirem os prazos para interposição de recursos relativos a essa fase da licitação, exceto nos casos em que o descumprimento resulte na identificação do proponente antes da abertura do invólucro de que trata o § 2o do art. 9o desta Lei.

Art. 7o O plano de comunicação publicitária de que trata o inciso III do art. 6o desta Lei será composto dos seguintes quesitos:

I - raciocínio básico, sob a forma de texto, que apresentará um diagnóstico das necessidades de comunicação publicitária do órgão ou entidade responsável pela licitação, a compreensão do proponente sobre o objeto da licitação e os desafios de comunicação a serem enfrentados;

II - estratégia de comunicação publicitária, sob a forma de texto, que indicará e defenderá as linhas gerais da proposta para suprir o desafio e alcançar os resultados e metas de comunicação desejadas pelo órgão ou entidade responsável pela licitação;

III - ideia criativa, sob a forma de exemplos de peças publicitárias, que corresponderão à resposta criativa do proponente aos desafios e metas por ele explicitados na estratégia de comunicação publicitária;
IV - estratégia de mídia e não mídia, em que o proponente explicitará e justificará a estratégia e as táticas recomendadas, em consonância com a estratégia de comunicação publicitária por ela sugerida e em função da verba disponível indicada no instrumento convocatório, apresentada sob a forma de textos, tabelas, gráficos, planilhas e por quadro resumo que identificará as peças a serem veiculadas ou distribuídas e suas respectivas quantidades, inserções e custos nominais de produção e de veiculação.

Art. 8o O conjunto de informações a que se refere o inciso III do art. 6o desta Lei será composto de quesitos destinados a avaliar a capacidade de atendimento do proponente e o nível dos trabalhos por ele realizados para seus clientes.

Art. 9o As propostas de preços serão apresentadas em 1 (um) invólucro e as propostas técnicas em 3 (três) invólucros distintos, destinados um para a via não identificada do plano de comunicação publicitária, um para a via identificada do plano de comunicação publicitária e outro para as demais informações integrantes da proposta técnica.

§ 1o O invólucro destinado à apresentação da via não identificada do plano de comunicação publicitária será padronizado e fornecido previamente pelo órgão ou entidade responsável pela licitação, sem nenhum tipo de identificação.

§ 2o A via identificada do plano de comunicação publicitária terá o mesmo teor da via não identificada, sem os exemplos de peças referentes à ideia criativa.

Art. 10. As licitações previstas nesta Lei serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial, com exceção da análise e julgamento das propostas técnicas.

§ 1o As propostas técnicas serão analisadas e julgadas por subcomissão técnica, constituída por, pelo menos, 3 (três) membros que sejam formados em comunicação, publicidade ou marketing ou que atuem em uma dessas áreas, sendo que, pelo menos, 1/3 (um terço) deles não poderão manter nenhum vínculo funcional ou contratual, direto ou indireto, com o órgão ou a entidade responsável pela licitação.

§ 2o A escolha dos membros da subcomissão técnica dar-se-á por sorteio, em sessão pública, entre os nomes de uma relação que terá, no mínimo, o triplo do número de integrantes da subcomissão, previamente cadastrados, e será composta por, pelo menos, 1/3 (um terço) de profissionais que não mantenham nenhum vínculo funcional ou contratual, direto ou indireto, com o órgão ou entidade responsável pela licitação.

§ 3o Nas contratações de valor estimado em até 10 (dez) vezes o limite previsto na alínea a do inciso II do art. 23 da Lei 8666, de 21 de junho de 1993, a relação prevista no § 2o deste artigo terá, no mínimo, o dobro do número de integrantes da subcomissão técnica e será composta por, pelo menos, 1/3 (um terço) de profissionais que não mantenham nenhum vínculo funcional ou contratual, direto ou indireto, com o órgão ou entidade responsável pela licitação.

§ 4o A relação dos nomes referidos nos §§ 2o e 3o deste artigo será publicada na imprensa oficial, em prazo não inferior a 10 (dez) dias da data em que será realizada a sessão pública marcada para o sorteio.

§ 5o Para os fins do cumprimento do disposto nesta Lei, até 48 (quarenta e oito) horas antes da sessão pública destinada ao sorteio, qualquer interessado poderá impugnar pessoa integrante da relação a que se referem os §§ 2o, 3o e 4o deste artigo, mediante fundamentos jurídicos plausíveis.

§ 6o Admitida a impugnação, o impugnado terá o direito de abster-se de atuar na subcomissão técnica, declarando-se impedido ou suspeito, antes da decisão da autoridade competente.

§ 7o A abstenção do impugnado ou o acolhimento da impugnação, mediante decisão fundamentada da autoridade competente, implicará, se necessário, a elaboração e a publicação de nova lista, sem o nome impugnado, respeitado o disposto neste artigo.

§ 8o A sessão pública será realizada após a decisão motivada da impugnação, em data previamente designada, garantidos o cumprimento do prazo mínimo previsto no § 4o deste artigo e a possibilidade de fiscalização do sorteio por qualquer interessado.

§ 9o O sorteio será processado de modo a garantir o preenchimento das vagas da subcomissão técnica, de acordo com a proporcionalidade do número de membros que mantenham ou não vínculo com o órgão ou entidade responsável pela licitação, nos termos dos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo.

§ 10. Nas licitações previstas nesta Lei, quando processadas sob a modalidade de convite, a subcomissão técnica, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e sempre que for comprovadamente impossível o cumprimento do disposto neste artigo, será substituída pela comissão permanente de licitação ou, inexistindo esta, por servidor formalmente designado pela autoridade competente, que deverá possuir conhecimentos na área de comunicação, publicidade ou marketing.

Art. 11. Os invólucros com as propostas técnicas e de preços serão entregues à comissão permanente ou especial na data, local e horário determinados no instrumento convocatório.

§ 1o Os integrantes da subcomissão técnica não poderão participar da sessão de recebimento e abertura dos invólucros com as propostas técnicas e de preços.

§ 2o Os invólucros padronizados com a via não identificada do plano de comunicação publicitária só serão recebidos pela comissão permanente ou especial se não apresentarem marca, sinal, etiqueta ou qualquer outro elemento capaz de identificar a licitante.

§ 3o A comissão permanente ou especial não lançará nenhum código, sinal ou marca nos invólucros padronizados nem nos documentos que compõem a via não identificada do plano de comunicação publicitária.

§ 4o O processamento e o julgamento da licitação obedecerão ao seguinte procedimento:

I - abertura dos 2 (dois) invólucros com a via não identificada do plano de comunicação e com as informações de que trata o art. 8o desta Lei, em sessão pública, pela comissão permanente ou especial;

II - encaminhamento das propostas técnicas à subcomissão técnica para análise e julgamento;

III - análise individualizada e julgamento do plano de comunicação publicitária, desclassificando-se as que desatenderem as exigências legais ou estabelecidas no instrumento convocatório, observado o disposto no inciso XIV do art. 6o desta Lei;

IV - elaboração de ata de julgamento do plano de comunicação publicitária e encaminhamento à comissão permanente ou especial, juntamente com as propostas, as planilhas com as pontuações e a justificativa escrita das razões que as fundamentaram em cada caso;

V - análise individualizada e julgamento dos quesitos referentes às informações de que trata o art. 8o desta Lei, desclassificando-se as que desatenderem quaisquer das exigências legais ou estabelecidas no instrumento convocatório;

VI - elaboração de ata de julgamento dos quesitos mencionados no inciso V deste artigo e encaminhamento à comissão permanente ou especial, juntamente com as propostas, as planilhas com as pontuações e a justificativa escrita das razões que as fundamentaram em cada caso;

VII - realização de sessão pública para apuração do resultado geral das propostas técnicas, com os seguintes procedimentos:

a) abertura dos invólucros com a via identificada do plano de comunicação publicitária;

b) cotejo entre as vias identificadas e não identificadas do plano de comunicação publicitária, para identificação de sua autoria;

c) elaboração de planilha geral com as pontuações atribuídas a cada um dos quesitos de cada proposta técnica;

d) proclamação do resultado do julgamento geral da proposta técnica, registrando-se em ata as propostas desclassificadas e a ordem de classificação;

VIII - publicação do resultado do julgamento da proposta técnica, com a indicação dos proponentes desclassificados e da ordem de classificação organizada pelo nome dos licitantes, abrindo-se prazo para interposição de recurso, conforme disposto na alínea b do inciso I do art. 109 da Lei 8666, de 21 de junho de 1993;

IX - abertura dos invólucros com as propostas de preços, em sessão pública, obedecendo-se ao previsto nos incisos II, III e IV do § 1º do art. 46 da Lei 8666, de 21 de junho de 1993, nas licitações do tipo “melhor técnica”, e ao disposto no § 2º do art. 46 da mesma Lei, nas licitações do tipo “técnica e preço”;

X - publicação do resultado do julgamento final das propostas, abrindo-se prazo para interposição de recurso, conforme disposto na alínea b do inciso I do art. 109 da Lei 8666, de 21 de junho de 1993;

XI - convocação dos licitantes classificados no julgamento final das propostas para apresentação dos documentos de habilitação;

XII - recebimento e abertura do invólucro com os documentos de habilitação dos licitantes previstos no inciso XI deste artigo, em sessão pública, para análise da sua conformidade com as condições estabelecidas na legislação em vigor e no instrumento convocatório;

XIII - decisão quanto à habilitação ou inabilitação dos licitantes previstos no inciso XI deste artigo e abertura do prazo para interposição de recurso, nos termos da alínea a do inciso I do art. 109 da Lei 8666, de 21 de junho de 1993;

XIV - reconhecida a habilitação dos licitantes, na forma dos incisos XI, XII e XIII deste artigo, será homologado o procedimento e adjudicado o objeto licitado, observado o disposto no § 3o do art. 2o desta Lei.

Art. 12. O descumprimento, por parte de agente do órgão ou entidade responsável pela licitação, dos dispositivos desta Lei destinados a garantir o julgamento do plano de comunicação publicitária sem o conhecimento de sua autoria, até a abertura dos invólucros de que trata a alínea a do inciso VII do § 4o do art. 11 desta Lei, implicará a anulação do certame, sem prejuízo da apuração de eventual responsabilidade administrativa, civil ou criminal dos envolvidos na irregularidade.

CAPÍTULO III

DOS CONTRATOS DE SERVIÇOS DE
PUBLICIDADE E DA SUA EXECUÇÃO

Art. 13. A definição do objeto do contrato de serviços previstos nesta Lei e das cláusulas que o integram dar-se-á em estrita vinculação ao estabelecido no instrumento convocatório da licitação e aos termos da legislação em vigor.

Parágrafo único. A execução do contrato dar-se-á em total conformidade com os termos e condições estabelecidas na licitação e no respectivo instrumento contratual.

Art. 14. Somente pessoas físicas ou jurídicas previamente cadastradas pelo contratante poderão fornecer ao contratado bens ou serviços especializados relacionados com as atividades complementares da execução do objeto do contrato, nos termos do § 1o do art. 2o desta Lei.

§ 1o O fornecimento de bens ou serviços especializados na conformidade do previsto no caput deste artigo exigirá sempre a apresentação pelo contratado ao contratante de 3 (três) orçamentos obtidos entre pessoas que atuem no mercado do ramo do fornecimento pretendido.

§ 2o No caso do § 1o deste artigo, o contratado procederá à coleta de orçamentos de fornecedores em envelopes fechados, que serão abertos em sessão pública, convocada e realizada sob fiscalização do contratante, sempre que o fornecimento de bens ou serviços tiver valor superior a 0,5% (cinco décimos por cento) do valor global do contrato.

§ 3o O fornecimento de bens ou serviços de valor igual ou inferior a 20% (vinte por cento) do limite previsto na alínea a do inciso II do art. 23 da Lei 8666, de 21 de junho de 1993, está dispensado do procedimento previsto no § 2o deste artigo.

Art. 15. Os custos e as despesas de veiculação apresentados ao contratante para pagamento deverão ser acompanhados da demonstração do valor devido ao veículo, de sua tabela de preços, da descrição dos descontos negociados e dos pedidos de inserção correspondentes, bem como de relatório de checagem de veiculação, a cargo de empresa independente, sempre que possível.

Parágrafo único. Pertencem ao contratante as vantagens obtidas em negociação de compra de mídia diretamente ou por intermédio de agência de propaganda, incluídos os eventuais descontos e as bonificações na forma de tempo, espaço ou reaplicações que tenham sido concedidos pelo veículo de divulgação.

Art. 16. As informações sobre a execução do contrato, com os nomes dos fornecedores de serviços especializados e veículos, serão divulgadas em sítio próprio aberto para o contrato na rede mundial de computadores, garantido o livre acesso às informações por quaisquer interessados.

Parágrafo único. As informações sobre valores pagos serão divulgadas pelos totais de cada tipo de serviço de fornecedores e de cada meio de divulgação.

Art. 17. As agências contratadas deverão, durante o período de, no mínimo, 5 (cinco) anos após a extinção do contrato, manter acervo comprobatório da totalidade dos serviços prestados e das peças publicitárias produzidas.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 18. É facultativa a concessão de planos de incentivo por veículo de divulgação e sua aceitação por agência de propaganda, e os frutos deles resultantes constituem, para todos os fins de direito, receita própria da agência e não estão compreendidos na obrigação estabelecida no parágrafo único do art. 15 desta Lei.

§ 1o A equação econômico-financeira definida na licitação e no contrato não se altera em razão da vigência ou não de planos de incentivo referidos no caput deste artigo, cujos frutos estão expressamente excluídos dela.

§ 2o As agências de propaganda não poderão, em nenhum caso, sobrepor os planos de incentivo aos interesses dos contratantes, preterindo veículos de divulgação que não os concedam ou priorizando os que os ofereçam, devendo sempre conduzir-se na orientação da escolha desses veículos de acordo com pesquisas e dados técnicos comprovados.

§ 3o O desrespeito ao disposto no § 2o deste artigo constituirá grave violação aos deveres contratuais por parte da agência contratada e a submeterá a processo administrativo em que, uma vez comprovado o comportamento injustificado, implicará a aplicação das sanções previstas no caput do art. 87 da Lei 8666, de 21 de junho de 1993.

Art. 19. Para fins de interpretação da legislação de regência, valores correspondentes ao desconto-padrão de agência pela concepção, execução e distribuição de propaganda, por ordem e conta de clientes anunciantes, constituem receita da agência de publicidade e, em consequência, o veículo de divulgação não pode, para quaisquer fins, faturar e contabilizar tais valores como receita própria, inclusive quando o repasse do desconto-padrão à agência de publicidade for efetivado por meio de veículo de divulgação.

Art. 20. O disposto nesta Lei será aplicado subsidiariamente às empresas que possuem regulamento próprio de contratação, às licitações já abertas, aos contratos em fase de execução e aos efeitos pendentes dos contratos já encerrados na data de sua publicação.

Art. 21. Serão discriminadas em categorias de programação específicas no projeto e na lei orçamentária anual as dotações orçamentárias destinadas às despesas com publicidade institucional e com publicidade de utilidade pública, inclusive quando for produzida ou veiculada por órgão ou entidade integrante da administração pública.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Brasília, 29 de abril de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto

sábado, 1 de maio de 2010

A Igreja Ideal - 01

Pode surgir um novo Ministério
Assembleia de DeusMinistério de Salém

São públicas e notórias as divisões nos grupos religiosos, tanto na senda evangélica, nos chamados Ministérios, como noutras religiões no Brasil e no mundo. As divisões surgem de repente e as explicações são dadas com a maior naturalidade. Isso ocorre no catolicismo com as chamadas congregações e todos conhecem como tudo começa. Na prática é a disputa pelo poder. Cada um quer demarcar o seu território, estabelecendo alguns critérios para dominar as massas. Quando um movimento se desenvolve, o seu líder não quer mais ficar submisso a outro comando, e parte para a independência, nem que seja como um subgrupo. É o que se vê hoje, como exemplo, com os muitos títulos que recebem as subdivisões na Assembleia de Deus e noutras denominações, como Batista e tantas outras. Isso também ocorre nas pequenas cidades, por ingerência de alguns pastores. Mundo Novo tem a sua divisão e dentro de algum tempo pode surgir um novo desdobramento, por iniciativa de alguns jovens descontentes com a administração na Assembleia de Deus Missões. Daí, pode surgir um grupo com o nome de Assembleia de Deus - Ministério de Salém. Para tanto, são amplas as justificativas. A origem, todos podem imaginar como funciona. As bases são fundamentadas no texto histórico, aqui comentado.Capitulo IEsta é a história de Salém segundo ouvi dos lábios de Melquisedeque porocasião da festa de Sukot, quinze dias depois do livramento de Ló e suas filhas. Tudo começou com um sonho no coração de um homem chamado Adonias; Elepossuía de muitas riquezas, mas a nada prezava mais que a justiça e apaz que nascem da sabedoria e do amor. Cansado com as injustiças que predominavam por toda a terra de Canaã,Adonias resolveu edificar um reino que fosse regido por leis de amor ede justiça. O nome da capital desse reino seria Salém, a Cidade da Paz.Os súditos de Salém não empunhariam arcos e flechas, mas seriamtreinados na arte musical; Cada habitante de Salém teria sempre aoalcance de suas mãos um instrumento musical, para expressar por meiodele a paz e a alegria daquele novo reino. Juntos, formariam umapoderosa orquestra na luta contra a desarmonia que nasce do orgulho e doegoísmo.O primeiro passo de Adonias para a concretização de seu plano, foielaborar as leis do novo reino, as quais ele as escreveu em umpergaminho. Os súditos de Salém não poderiam mentir, furtar, odiar, nemmatar seus semelhantes. O orgulho e o egoísmo eram apontados como causade todo o mal, portanto, não poderiam existir naquele lugar de paz..As leis do pergaminho requeriam a prática da humildade, da sinceridade,da amizade, e, acima de tudo, do amor que é a maior de todas asvirtudes.Depois de registrar no pergaminho as leis que regeriam aquele reino,Adonias passou a arquitetar Salém. Seria uma cidade a princípio pequena,com habitações para mil e duzentas pessoas. Como lugar de suaedificação, foi escolhida uma região alta de Canaã, ao ocidente do Montedas Oliveiras.Em pouco tempo, a realização de Adonias começou a atrair pessoas detodas as partes que, de perto e de longe, vinham para conhecerem ospalácios e as mansões que estavam sendo edificados. Admirados ante abeleza daquela cidade tão alva, os visitantes perguntavam sobre quemseriam os seus moradores. Adonias mostrava-lhes o pergaminho, dizendoque Salém destinava-se aos limpos de coração - aqueles que estivessemdispostos a obedecerem suas leis.A História de Salém.Capitulo IIA edificação da cidade foi finalmente concluída e Salém revelou-seformosa como uma noiva adornada, à espera de seu esposo.Assentado em seu trono, Adonias examinava agora os numerosospretendentes a súditos que chegavam de todas as partes. Aqueles que,prometendo fidelidade às leis, eram aprovados, recebiam três dotes dorei: o direito à uma mansão, vestes de linho fino e um instrumentomusical no qual deveriam praticar. A cidade ficou finalmente repleta de moradores. Cheio de alegria,Adonias convocou a todos para a festa de inauguração de Salém, nodecorrer da qual proclamou um decreto que determinaria o futuro daquelereino, dizendo:- A partir deste dia, que é o décimo do sétimo mês, seis anos serãocontados, nos quais todos os moradores serão provados. Somente aquelesque permanecerem leais, progredindo na prática das leis do pergaminho,serão confirmados como herdeiros deste reino de paz. Aqueles que foremenlaçados por culpas e transgressões, serão banidos pelo juízo.As palavras do rei levou a todos a um profundo exame de coração, ealegraram-se com a certeza de que alcançariam vitória sobre todo oorgulho e egoísmo, que são as raízes de todos os males.Adonias tinha um único filho a quem dera o nome de Melquisedeque. Abeleza, ternura e sabedoria desse filho amado, haviam sido suainspiração para a edificação fundação de seu reino.Melquisedeque tinha doze anos de idade, quando Salém foi inaugurada. Eraplano de Adonias coroá-lo rei sobre os súditos aprovados, ao fim dosseis anos. Este plano, o manteria em segredo até o momento devido.O príncipe, com suas virtudes e simpatia, tornou-se logo muito queridode todos em Salém. Ele tinha sempre nos lábios um sorriso e uma palavrade carinho. Apreciava estar junto aos súditos em seus lares,recitando-lhes as leis do pergaminho em forma de lindas canções quevivia a compor. Sua presença trazia ao ambiente uma atmosfera defelicidade e paz. Esse amado príncipe possuía, de fato, todas asvirtudes necessárias para ser rei de uma Salém vitoriosa.Adonias edificara uma mansão especial junto ao palácio, com o propósitode ofertá-la ao súdito cuja vida expressasse mais perfeitamente as leisdo pergaminho. Diariamente ele observava os moradores, procurando entreeles essa pessoa a quem desejava honrar.Passeava pelas alamedas de Salém, quando, por entre o trinar depássaros, Adonias ouviu uma voz semelhante a de seu filho. Ao voltar-separa ver quem era, encontrou um belo jovem que cantarolava uma canção.Ao contemplar em sua face o brilho da sabedoria e da pureza, Adoniasalegrou-se por haver encontrado aquele a quem poderia honrar. Aquelejovem, que era uma cópia fiel do príncipe, chamava-se Samael.Colocando-lhe um anel no dedo, o rei conduziu-o ao palácio, onde,recebido por Melquisedeque que ofereceu-lhe muitos presentes, entre osquais o direito de estar sempre ao seu lado.Adonias preparou um grande banquete em honra a Samael, para o qual todosforam convidados. Ao contemplá-lo ao lado do rei, os súditos o aclamaramcom alegria, acreditando ser o próprio príncipe.Exaltavam com júbilo as virtudes daquele formoso jovem, quandorevelou-se Melquisedeque, posicionando-se com um sorriso à direita deseu pai.No banquete, Samael foi honrado por todos. Realmente ele era digno deresidir na mansão do monte, pois havia nele um perfeito reflexo dasvirtudes que coroavam o amado príncipe.Capitulo IIISalém crescia em felicidade e paz.Com alegria, os súditos reuniam-se acada dia ao amanhecer para ouvirem, cantarem e tocarem as sublimescomposições de Melquisedeque, que inspiravam atos de bondade e paz.Entre as amizades nascidas e fortalecidas em virtude da músicaharmoniosa, sobressaia aquela que unia o príncipe a Samael. Desde quepassara a residir na mansão do monte, Samael tornara-se seu companheiroconstante. Passavam longas horas juntos, meditando sobre as leis dopergaminho.Com admiração, o súdito honrado via o filho de Adoniastransformar aquelas leis em lindas canções. As doces melodias nasciamdos seus lábios como o perfume de uma flor.Consciente da importância da música na preservação da harmonia e paz emSalém, o príncipe, além do canto, passou a dedicar-se à músicainstrumental, sendo o seu instrumento preferido o alaúde. Era por meiodesse instrumento que conseguia expressar com maior perfeição a riquezade seu íntimo.Dos seis anos de prova, cinco, finalmente, passaram. Adonias, feliz porver que até ali todos os habitantes de Salém haviam permanecido leaisaos princípios contidos no pergaminho, convocou-os para um banquete, noqual faria importantes revelações.Tendo tomado seus lugares diante do trono, os súditos, com alegriauniram as vozes entoando os cânticos da paz, sendo regidos por Samael.Depois de ouvi-los, o rei, emocionado, dirigiu-se a seu filho,abraçando-o em meio aos aplausos da multidão agradecida. Todosreconheciam que a paz e a alegria em Salém, eram em grande medidadevidas ao amor e dedicação do querido príncipe, que era o autordaquelas doces canções.Naquele momento de reconhecimento e gratidão, Adonias revelou os seusplanos mantidos até então em segredo.Com voz pausada, disse-lhes:- Súditos deste reino de paz, minh’alma está repleta de alegria porcontemplar nesse dia vossas faces mais radiantes que outrora. Vossasvestes continuam alvas e puras, como quando as recebestes de minhasmãos. A harmonia de vossas vozes e instrumentos, hoje são maiores.Tendo dito estas palavras, o rei acrescentou com solenidade:-Um ano de prova ainda resta, ao fim do qual sereis examinados.Permanecendo fiéis como até aqui, sereis honrados confirmados comosúditos deste reino de paz. Contudo, se alguém for achado em falta, serábanido, ainda que este julgamento nos traga muita tristeza e sofrimento.As palavras do rei levaram os súditos a uma profunda reflexão. Todos,examinando-se, indagavam reverentes: - Estaremos aprovados?!Certos de que seriam vitoriosos, pois amavam Salém e suas leis, uniramas vozes num cântico expressivo de fidelidade. Ao terminarem o cântico,Adonias revelou-lhes seu grande segredo:- Aqueles que forem aprovados, herdando este reino de paz, receberãocomo rei o meu filho , a quem darei o trono glorificado dessa Salémvitoriosa. A revelação do rei foi aclamada por todos com muito júbilo. Adonias,contudo, ainda não lhes revelara todo o seu plano, por isso pedindo-lhessilêncio, prosseguiu:- O meu filho empunhará um cetro especial, no qual selarei todo odireito de domínio seu cetro , simbolizando toda a harmonia, será umalaúde.Diante desta revelação que a todos sensibilizou, o príncipeprostrando-se aos pés de seu pai, chorou motivado por muita alegria. Enquanto isto, todos o aplaudiam com euforia, ansiando ver o raiar dessedia em que a paz seria vitoriosa.Adonias, chamando para junto de seu filho a Samael, concluiu dizendo:- No governo dessa Salém vitoriosa, tenho proposto fazer de Samael oprimeiro depois de Melquisedeque. A ele será confiado o pergaminho dasleis, devendo ser o guardião da honra desse reino triunfante.Capitulo IVSamael, ao conhecer os planos de Adonias quanto ao futuro de Salém,encheu-se de euforia. Contemplava agora risonho aquela cidade sem igual,imaginando seu futuro de glória. Considerando as palavras do rei, de queele seria o segundo no reino, deixou ser dominado por um sentimento deexaltação. Ele, que até ali, em obediência às leis do pergaminho, viverauma vida de humildade, começava a orgulhar-se de sua posição. Em seudevaneio sentia-se junto ao trono, tendo os súditos de Salém a seus pés,aclamando com louvores sua grandeza. Samael, totalmente dominado poresse sentimento, não dava por conta de que estava sendo conduzido paraum caminho perigoso. O orgulho que o seduzira, estava gerando o egoísmoque logo se manifestaria em cobiça.Uma semana após a revelação de Adonias, os súditos promoveram uma festaem homenagem a Melquisedeque, o futuro rei de Salém. Vendo-o aclamadopor tantos louvores, Samael teve o coração tomado por um estranhosentimento de inveja, fruto do orgulho e do egoísmo. Não podia suportaro pensamento de ser deixado em segundo plano. Não era ele tão formoso esábio quanto o príncipe?! Era quase impossível disfarçar tal sentimentode infelicidade.Outrora, Samael encontrara indizível prazer nos momentos em que, ao ladodo príncipe, recitava as leis contidas no pergaminho, que eramtransformadas em lindas canções. Agora, tais momentos tornaram-sedesagradáveis, pois aqueles princípios contrariavam os seus ideais.Decidiu, contudo, não revelar seus sentimentos de revolta. Suportaria oantiquado pergaminho até que, com sua autoridade, pudesse bani-lo donovo reino que seria estabelecido. Não seria ele o guardião daquelasleis? Essa "vitória" procuraria alcançar mediante sua influência esabedoria.Julgando poder influenciar o filho de Adonias com seus sonhos degrandeza, Samael aproximou-se dele com euforia, e passou a falar-lhe dasglórias do reino vindouro, onde os dois, cobertos de honras,desfrutariam dos louvores de uma Salém vitoriosa. Seriam eles os heróisdo mais perfeito reino estabelecido entre os homens.As delirantes palavras do súdito honrado trouxeram preocupação etristeza ao coração do jovem príncipe, pois não refletiam osensinamentos de amor e humildade do pergaminho.Vendo o seu íntimo amigo em perigo, Melquisedeque, com uma ternurajamais revelada, conduziu-o para junto do trono, onde, tomando opergaminho, passou a ler compassadamente os seguintes parágrafos:- O reino de Salém será firmado sobre a humildade ,pois esta virtude é abase de toda verdadeira grandeza.A humildade é fruto do amor, sendo contrária ao orgulho, que pode manteruma criatura presa ao pó, fazendo-a contentar-se com suas limitações,iludindo-a como se as mesmas fossem de infinito valor.A humildade consiste no esquecimento de si, e este, numa vida deabnegado serviço pelos semelhantes.Samael, esforçando-se para encobrir sua indignação ante a leitura dopergaminho que para ele era ultrapassado, disse ao príncipe, em tom deconselho amigo:- Meu bom companheiro, reinaremos numa Salém vitoriosa, que fulgurarámuito acima deste pergaminho ,cujos princípios foram cumpridos fielmentenesses anos de prova. A plena liberdade não será a glória de Salém? Poissaiba que, completa liberdade não coexistirá com estas leis, cujoobjetivo encerra-se ao fim dos cinco anos. Caberá a nós dois coroarmosSalém com a honra de uma total liberdade, que gerará uma felicidade semfim. Tal liberdade é impossível existir sob as limitações do pergaminho.O filho do rei ficou muito abalado ante as palavras de seu amigo, queevidenciavam loucura. Como libertá-lo desse caminho de morte?!Ninguém em Salém, além de Melquisedeque, conhecia a triste condição deSamael. Com paciência, o príncipe procurava conscientizá-lo do realvalor do pergaminho, cujas leis não podiam jamais ser alteradas, poisisto seria o fim de toda a paz.Os conselhos do príncipe despertaram finalmente o seu coração. Meditandosobre suas palavras, conscientizou-se de estar seguindo por um caminhoenganoso.Ao ver nos olhos daquele a quem tanto amava as lágrimas doarrependimento, o filho de Adonias alegrou-se com sua vitória sobre oorgulho e o egoísmo. Os dias que seguiram-se à libertação, foram cheios de realizações; Opríncipe revelava-se ainda mais amigo, disposto a dar tudo de si paraque seu companheiro pudesse prosseguir triunfante no caminho dahumildade. Naqueles dias de júbilo, foi dada a ele a honra de conhecer ocetro que estava sendo moldado.Num momento de descuido, Samael que voltara a desfrutar paz de espírito,permitiu que seu coração novamente ficasse possuído por um sentimento degrandeza, que fez desencadear nova tormenta em sua alma. Esse sentimentomisto de orgulho e cobiça lhe sobreveio no momento em que o príncipemostrava-lhe o dourado alaúde, no qual estava sendo impresso o selo detodo o domínio.A História de SalémCapitulo VDe sua mansão Samael contemplava Salém em seu resplendor matinal.Vendo-a, qual noiva adornada à espera de seu rei, cobiçou-a. Em seudelírio passou a formular planos de conquista. Já podia sentir-seexaltado sobre o seu trono, tendo nas mãos o cetro precioso. Todosaclamariam-no como o libertador da opressão daquelas leis. Salém seriaum reino de completa liberdade e prazer. Dominado por esta cobiça,passou a maquinar planos de conquista.Samael decidiu agir sutilmente entre os súditos, levando-os a ver nopergaminho um impecílio à real liberdade. Em sua missão de engano,agiria com aparente bondade, revelando interesse pelo crescimento dafelicidade de todos.Pondo em prática seus planos, passou a visitar os súditos em suasmansões, falando-lhes das glórias do reino vindouro, onde desfrutariamcompleta liberdade.Grande era a sua influência em Salém. Todos admiravam sua beleza esabedoria, tendo-o como um perfeito apóstolo da justiça e do amor. Ninguém podia imaginar que em meio àquela atmosfera de júbilo e gratidãouma armadilha sutil estava sendo colocada, nas garras da qual muitospoderiam cair por descuido.Em sua sedutora missão, Samael não falava contra o pergaminho, aliás,louvava-o por haver exercido naqueles seis anos prestes a findarem ,umamissão de prova. Em sua lógica, contudo, procurava mostrar que, no reinovindouro, quando todos estivessem aprovados, estariam acima daquelasleis. Seus argumentos, aparentemente corretos, preparavam-lhe o caminhopara afirmar abertamente que, no novo reino, a existência do pergaminho,seria um entrave à concretização da verdadeira liberdade.As sementes da rebelião lançadas por Samael não tardaram a germinar nocoração de muitos em Salém. Isto acontecia a seis meses do Yom Kipur, quando o destino de todos seria selado. Um terço dos habitantes,seduzido pelo terrível engano, exaltava-o agora, em completo desprezoàs leis e ao príncipe, a quem julgavam ultrapassados. Adonias, que sofria ao ver o surgimento de toda essa rebeldia, convocouos súditos para uma reunião de emergência. Na face de todos podia-se veras contrastantes disposições.Com voz compassiva, o rei passou a revelar-lhes, como jamais fizeraantes, a grande importância das leis registradas no pergaminho,mostrando que elas eram a base de toda a prosperidade e paz. Se taisleis fossem banidas, toda felicidade e glória se extinguiriam, dandolugar ao caos.Depois de mostrar a necessidade das leis, Melquisedeque, movido por umforte desejo de salvar aqueles a quem tanto amava, ergueu diante detodos o pergaminho e, com voz cheia de bondade ofereceu-lhes o perdão ea oportunidade de recomeçarem no caminho da paz. Suas palavras a todosemocionou, ficando até mesmo Samael ficou a princípio motivado, contudo,o orgulho impediu-lhe novo arrependimento. Desta maneira, o súditohonrado, quando ainda podia olhar arrependido para o pergaminho,endureceu-se em sua rebeldia, decidindo prosseguir até o fim. Estadecisão, todavia, não a manifestaria prontamente, pois idealizara umtraiçoeiro plano. Ao findar o encontro da oportunidade, Samael convocou seus seguidorespara uma reunião secreta, que foi realizada sob o manto da noite, juntoao riacho de Cedrom que ficava fora dos muros de Salém. Após maldizer o pergaminho e a todos aqueles que o defendiam, ,começou afalar-lhes de seus planos de vingança e traição: - Como vocês sabem, os seis anos da prova estão se esgotando, restando,a partir de hoje, vinte e quatro semanas para o dia da coroação. Sevocês quiserem ter-me como rei em lugar de Melquisedeque, podereiroubar-lhe o cetro, apoderando-me do reino.Samael passou a explicar-lhes os lances da traição, dando-lhes asdevidas orientações sobre a maneira de agirem a partir daquela data:- Precisamos manter uma aparência de fidelidade ao pergaminho e aopríncipe até que chegue o momento de agirmos. O golpe será dado na noiteque antecede o dia da coroação. À meia-noite, furtivamente nosausentaremos de Salém. Roubarei nessa noite o cetro e, juntos, fugiremospara o profundo vale onde estão as cidades de Sodoma e Gomorra. Ali nosarmaremos, e marcharemos contra Salém, subjugando nossos inimigos.Acabaremos então com o pergaminho e com todos aqueles que se recusaremprestar obediência ao nosso governo.A História de SalémCapitulo VISobrevieram dias de aparente tranqüilidade e paz Samael, fingindofidelidade, estava sempre ao lado do príncipe, demonstrando admiração pelas suas novas composições que exaltavam as leis do pergaminho. Osseguidores de Samael, da mesma maneira, uniam as vozes em louvores queexpressavam a grandeza dos princípios aos quais repugnavam.Melquisedeque, cheio de alegria por ver aproximar-se o dia de suacoroação, ensaiava com os súditos os cânticos da vitória, os quaiscompusera especialmente para aquela ocasião.Com felicidade falava atodos sobre seus sonhos em tornar Salém cada vez mais honrada por suabeleza e harmonia.Samael, em sua maldade velada, zombava do príncipe. Já previa a dor quelhe traria o golpe da traição.Naqueles dias de aparente paz, o súdito rebelde procurou conhecer olugar em que o cetro ficaria oculto até o dia da coroação. O príncipe,sem nada desconfiar, revelou-lhe todo o segredo: a sala, o cofre com seuenigma, o rico estojo e, finalmente o tesouro. Contemplando-o o astutoSamael animou-se ao ver estampado em seu bojo o selo do domínio;Compreendeu que, aquele que o possuísse, teria nas mãos o reino deSalém. Somente alguns dias, pensou, e teria sob seu poder aqueleinstrumento precioso. O sol declinou trazendo para Salém o dia que significaria vitória ouderrota.Pouco antes do anoitecer, Samael deixara o palácio onde passara todo odia ao lado do príncipe, ajudando-o nos preparativos para a cerimônia dacoroação. Dirigindo-se para sua mansão, saudou as trevas com um sorrisomaldoso. Como ansiara por aquela noite!Enquanto os fiéis, embalados pela emoção da feliz vitória , revisavamsob a luz de candeias os adornos de seus instrumentos, de vestes emansões, certificando-se que seriam aprovados na manhã seguinte, Samaele seus seguidores faziam seus últimos preparativos para desferirem ogolpe. À meia-noite, seguindo as instruções de Samael, todos os seus seguidoresabandonaram silentemente suas mansões, rumando-se ao profundo vale deCedrom, onde esperariam pelo seu novo rei.Samael, por sua vez, dirigiu-se aos fundos do palácio, por onde esperavaentrar sem ser notado, indo ao encontro do cetro. Evitando qualquerruído, transpôs o portal, dirigindo-se silentemente à sala que guardavao precioso cetro.Naquele momento, o príncipe que, insone rolava em seu leito,pressentindo algum perigo, dirigiu-se ao quarto de seu pai e o despertoudizendo:- Meu pai, ouvi ruídos de passos no interior do palácio.Afagando a cabeça de seu filho, Adonias, sonolento respondeu-lhe: - Filho, não se preocupe. Deite-se comigo e durma tranqüilamente. Daquia pouco raiará o alvorecer e você terá nas mãos o alaúde dourado.O príncipe, tranqüilizado pelas palavras confiantes de seu pai,entregou-se a um sono de lindos sonhos em que vivia ao lado de Samael ede todos os súditos de Salém, os momentos festivos da coroação. Enquantoisso, o rebelde com as mãos trêmulas, apossava-se do cetro. Naquele momento, teve a idéia de levar somente o alaúde, deixando o estojo emseu devido lugar.Com um sorriso cheio de maldade, imaginou o momento emque o rei entregaria ao seu filho aquele estojo vazio.Levando consigo o cetro, Samael dirigiu-se apressadamente ao lugar emque seus seguidores o aguardavam. Ao encontrá-los, deu vazão a todo oseu orgulho proclamando:- Agora eu sou o rei de Salém. Quem possui um cetro como o meu? Com eledomino a terra e o mar.A minha força está nas trevas , pois através delao conquistei.Festejando a vitória, a turba ruidosa afastou-se para distante de Salém,seguindo rumo às cidades corrompidas da planície, onde pretendiamarmarem-se para a conquista de seu reino.O sol surgiu no horizonte, trazendo a luz do dia da expiação (YomKipur).. Despertando de seu sono de lindos sonhos, o príncipe apronta-separa a cerimônia do juízo e da coroação. Vestes especiais de linho fino,adornadas com fios de ouro e pedras preciosas, foram-lhe preparadas.Depois de vestir-se, Melquisedeque encaminhou-se para o encontro de seussúditos, na extremidade sul de Salém. Dali os conduziria numa marchafestiva rumo ao palácio situado ao norte, sobre o monte Sião.Adonias, fazendo soar um longo chifre, convocou a todos para a reuniãodo julgamento. Deixando suas mansões, todos os remanescentesdirigiram-se para a praça do portão sul, levando consigo seusinstrumentos musicais.Ao encontrar-se com aqueles fiéis, Melquisedeque ficou surpreso pelaausência de muitos. Esse mistério doía-lhe na alma, pois lheocultava-lhe a face mais querida de seu amigo Samael.Deixando seus seguidores reunidos, o príncipe saiu à procura dosausentes. Em sua busca infrutífera, dirigiu-se finalmente à mansão domonte, onde chamou por Samael; Sua voz, contudo, não trouxe nenhumaresposta além de um eco vazio, que traduzia ingratidão.Lendo no triste vazio a traição, sentiu vontade de chorar. Num sómomento veio-lhe à mente todo o passado daquele a quem buscara com tantadedicação conservá-lo em sua glória, através de conselhos sábios.Recordou daqueles dias que seguiram à sua recuperação; Como se alegraracom a certeza de que seu amigo não mais voltaria a cair! Levando-o apressentir a tragédia, veio-lhe a lembrança as indagações de Samaelsobre o alaúde, o qual mostrou-lhe num gesto de amizade. A memória destefato, somada aos passos ouvidos no interior do palácio naquela noite,deu-lhe a certeza que Salém corria perigo. Não suportando essapossibilidade de traição, prostrou-se em pranto, ferido pela terrívelingratidão daquele a quem dedicara tanto amor.Curvado pela dor, permaneceu por algum tempo procurando encontrar algumconsolo. Enxugou finalmente as lágrimas, decidido a fazer qualquersacrifício a fim de devolver a Salém sua glória e poder, redimindo-lhe ocetro das mãos da rebeldia.Consolado pela certeza da vitória, Melquisedeque retornou para junto dossúditos fiéis. Ocultando-lhes seu sofrimento, bem como o motivo daausência de tantos, o príncipe guiou-os em marcha triunfal rumo aopalácio.A História de SalémCapitulo VIIAo aproximarem-se do monte Sião, galgaram os alvíssimos degraus daescadaria, sendo seguidos pela multidão exultante. Doía-lhe na alma aexpectativa de ver morrer nos lábios dos fiéis, naquela manhã, o seualegre canto, devido o golpe da traição.Encontravam-se agora no interior do palácio, diante do magnífico tronoque esperava pelo jovem rei. Na base do trono, jazia aberto, em meio aum arranjo de flores, o pergaminho das leis. Junto dele podia-se ver alinda coroa, feita de ouro e pedras preciosas, bem como o estojo daquelecetro que simbolizava toda a harmonia de Salém. Os súditos estavam felizes, pois sabiam que seriam achados dignos deherdar aquele reino de paz. Aguardavam agora o momento da coroação,quando o seu novo rei os regeria de seu trono com seu cetro precioso,num cântico triunfal.Em meio aos aplausos das hostes vitoriosas, Melquisedeque dirigiu-se aseu pai, que o recebeu com um carinhoso abraço. O momento era deverassolene. As hostes silenciaram-se na expectativa da coroação. O estojoseria aberto e, todos testemunhariam a exaltação do querido príncipe.Com o coração pulsando forte pela alegria, Adonias curvou-se sobre oestojo, abrindo-o cuidadosamente; Ao encontrá-lo vazio, a alegria de seusemblante deu lugar à uma expressão de indizível preocupação e tristeza,pois naquele cetro selara o destino daquele reino de paz.Ao ver seu pai e todos os súditos aflitos pela ausência do cetro e detantos amigos que deveriam estar com eles naquele momento, Melquisedequeconsolou-os com a promessa de que buscaria o cetro. Inconscientes dosriscos e perigos que aguardavam o príncipe em seu caminho, os súditosdespediram-se dele, vendo-o partir apressadamente.O alvorecer daquele dia que seria o da coroação, alcançou os rebeldesdistantes de Salém, a caminho das cidades da planície. Naquele manhã,Samael encheu-se de fúria ao ver que o precioso alaúde estava adornadocom inscrições das leis contidas no pergaminho. Tomando uma pedrapontuda, passou a danificar o cetro, raspando-lhe todas as palavras deamor e justiça. Suas harmoniosas cordas estavam agora desafinadas sobreo seu bojo ferido, mas continuava sendo precioso, pois sobre ele jaziaselado o domínio de Salém. Possuí-lo, significava ser dono de todo opoder.Ao chegarem à altura em que o caminho bifurcava-se, Samael ordenou aseus seguidores que prosseguissem rumo a Gomorra, enquanto ele iria atéSodoma, onde permaneceria por dois dias, juntando-se depois a eles.Esperou pela noite para entrar em Sodoma. Quando ali entrou, caminhoupelas ruas estreitas sem ser notado, até encontrar uma casa isoladasobre uma elevação. Fazendo do cetro sua arma, invadiu a casa matandoseus moradores, enquanto dormiam. Apossou-se dessa maneira daquelaresidência onde, solitário, maquinaria seus planos para a tomada deSalém.O entardecer daquele dia que seria o da coroação, alcançou o filho deAdonias a caminhar pelo pedregoso caminho rumo ao vale. Seus olhoscarregados de tristeza e anseio voltam-se para o solo, em busca dosrastros dos rebeldes. A lembrança da ingratidão daqueles a quem tantoamava, o fez chorar. Suas lágrimas, refletindo os últimos lampejosdaquele sol poente, assemelham-se a gotas de sangue jorrando de umcoração ferido. Ele chorava não por causa dos perigos que lhesobreviriam naquela fria noite, mas pela infeliz sorte daqueles quehaviam trocado a paz de Salém pela violência daquelas cidades daplanície.O seu único consolo era a lembrança daqueles que, apesar de todas astentações, haviam permanecido fiéis. A eles prometera devolver o cetro,e isto o faria apesar de qualquer sacrifício.Depois de uma longa noite de insônia em que o príncipe ficou recostadoao lado do caminho, raiou a luz de um dia que seria decisivo.Ao aproximar-se de Sodoma naquela manhã, o pensamento de estar tãopróximo do cetro de sua amada Salém, fez com que se esquecesse de toda afadiga, abreviando seus passos rumo ao desafio.Ao abeirar-se do grande portão da cidade, ficou tomado por um temor, aoouvir ruídos espantosos de desarmonia, que traduziam o orgulho, oegoísmo e a cobiça que ali dominavam todos os corações, fazendo-osexplodir na orgia de uma maldade sem fim.Seria um grande risco expor-se à violência gratuita daquela cidade. Essepensamento o fez deter-se a um passo do portal, onde estremecido curvoua fronte em indizível luta íntima. Era tentado a recuar, mas lutava comtodas as forças de sua alma contra esse pensamento de fracasso.Pensando na triste sorte de Salém, cujo domínio estava sendo pisado nointerior daquela cruel Sodoma, Melquisedeque tomou uma firme decisão:como um destemido guerreiro haveria de avançar, e, mesmo que tivesse deenfrentar o acúmulo de todos os perigos, prosseguiria, até erguer emsuas mãos vitoriosas o cetro amado.Resoluto e esperançoso, transpôs o portão de Sodoma, mergulhando naquelemundo estranho. Tudo ali era o oposto de Salém, começando pelas pedrasásperas e sujas de suas construções. Sodoma era um reino de trevas. A presença contrastante do príncipe foi logo notada por muitos que, emtumulto o acercaram. A pureza de caráter expressa em sua meiga face e oesplendor de suas vestes, encheram-nos de espanto, e recuaram como quevencidos por uma força invisível. Dominados pela fúria , passaram aperseguí-lo à distância, decididos a fazê-lo recuar. Jogavam-lhe pedrase lama tentando macular-lhe as vestes, mas não o atingiam, enquanto eleavançava em sua ansiosa busca. Desistiram finalmente de perseguí-lo, aoentardecer.A História de Salém.Capitulo VIIIO filho de Adonias percorrera todas as ruas e becos à procura doprecioso cetro, mas em vão. Ao ver tombar no horizonte o sol, anunciandoa chegada de mais uma escura e fria noite, seu coração ficou opresso poruma grande agonia. Ali, naquele último beco, quase que vencido pelaexaustão e pelo desespero, inclinou a fronte, desfazendo-se em pranto.Seus lábios, pronunciaram em meio aos soluços as seguintes palavras:- Salém, Salém, você não pode perecer! O seu cetro precisa ser redimidodas garras da rebeldia! Mas quando e onde vou encontrá-lo?! Já nãorestam forças em mim, e a esperança de redimi-lo antes da noite meabandona!O príncipe, em sua suprema angústia, não percebia que outro gemido dedor, procedente de cordas arrebentadas de um alaúde humilhado, fazia-seouvir naquele entardecer.Subtamente, o fraco gemido penetrou seus ouvidos, reanimando-o com acerteza de que o grande momento da redenção havia chegado. Enxugando aslágrimas, reuniu as últimas forças correndo em direção à uma pequenacasa situada sobre um monte, de onde parecia vir o som.Ao dirigir-se à porta entreaberta, deteve-se ao contemplar uma cenachocante, de humilhante escravidão: Samael, envolvido por um manto sujo,castigava o cetro de Salém. Tanto o rapaz quanto o cetro achavam-se tãodesfigurados, que não restavam neles quase que nenhum traço da glóriaperdida. Aquele cetro, contudo, mesmo arrasado como estava, era muitoprecioso, pois nele jazia o selo do domínio de Salém.A contemplação daquele que fora seu maior amigo e daquele cetroidealizado como símbolo de toda a harmonia, em tão trágica condição,comoveu profundamente o príncipe, fazendo-o chorar em alta voz. Somenteentão o súdito rebelde percebeu sua presença indesejada. Estremecido,levantou-se, e, cheio de ira perguntou-lhe:- O que o trouxe a Sodoma?Apontando para o cetro danificado, Melquisedeque exclamou:- A glória de Salém está destruída!!!Com uma gargalhada, Samael zombou de sua tristeza ,dizendo:- Agora eu sou o rei de Salém. Vocês que são fiéis ao pergaminho,tornar-se-ão meus escravos.Sem se importar com as palavras de afronta de Samael, o príncipe, movidopor uma infinita angústia, lhe disse:- Samael, Salém está ferida por sua traição. Por que você trocou o seular de justiça e amor por esse vale de injustiça, ódio e morte?! Agora,se não deseja retornar à Salém arrependido, devolva-lhe o cetro. Foipara redimi-lo que, a despeito de todos os perigos, desci a esse valehostil.Conhecendo o propósito do príncipe, o rebelde encheu-se de raiva ecerrando os punhos disse-lhe :- Eu o odeio Melquisedeque!Tendo dito isto, arremessou o cetro ao chão, e pisando-o acrescentou:- Tenho vontade de fazer o mesmo com você.Diante dessa afronta, o príncipe não sentiu nenhum temor, mas compaixão.Transportando-se ao feliz passado, lembrava-se dos momentos felizes emque tinha sempre ao seu lado a Samael; Ele era um jovem puro e humildede coração; Por que permitira ser escravizado pela ilusão do orgulho edo egoísmo?! Quão doloroso era ver aquele jovem que, por sua beleza esimpatia, havia sido honrado acima de todos os súditos, agora arruinadopela cobiça! Não fora o sonho do príncipe ter junto ao seu tronoglorificado, aquele que lhe era o mais precioso amigo?! Essa tragédiaferia-lhe a alma. Contudo, a triste condição do cetro o atingia aindamais, pois ele fora feito como o símbolo de toda a harmonia ,e estavasendo desfeito sob os pés da ingratidão.Surpreso por não ver nos olhos de Melquisedeque nenhuma expressão detemor, porém de piedade, Samael sentiu-se frustrado em suas afrontas quevisam amedrontá-lo, levando-o desistir de sua missão.Diante da postura digna do príncipe, que em silente dor o contemplava,sentiu-se envergonhado. Essa fraqueza, contudo, foi banida pelo orgulhoque dominava o seu coração. Começou então a planejar algo terrível, parahumilhar e ferir o príncipe, fazendo-o sofrer ainda mais.Com escárniodisse-lhe:- O cetro de Salém poderá ser seu, se você conseguir pagar-me o preço deseu resgate.Com um brilho nos olhos, o príncipe perguntou-lhe:- Qual é o preço?Samael, com um sorriso maldoso, respondeu-lhe pausadamente:- O preço não é ouro nem prata, mas dor e sangue. Você deverá despir-secompletamente de suas vestes, deitando-se ao chão. Deverá suportar nessacondição, espancamentos, até que o sol se ponha. Se você estiverdisposto a submeter-me, sem reagir, o cetro será inteiramente seu.Estremecido ante tão cruel proposta, o filho de Adonias olhou para o solque pairava distante sobre uma nuvem. Passou a travar em seu coração umaluta intensa. A princípio, o horror do sacrifício quase o dominou,levando-o recuar, mas o pensamento de ver Salém escravizada pelarebeldia, levou-o finalmente à decisão de pagar o preço do resgate,entregando-se ao humilhante sofrimento.Tendo tomado a firme decisão de resgatar o cetro, o príncipe, tirou asvestes, colocando-as sobre uma pedra. Deitou-se em seguida naquele solofrio, com a fronte voltada para o poente.Impiedosamente, Samael começou a espancá-lo, fazendo uso do própriocetro como instrumento de tortura. Gemendo pela dor dos golpes que ofaziam sangrar, o príncipe mantinha o olhar fixo no sol que pareciadeter-se sobre a nuvem. Atordoado pela dor, contemplou finalmente o solprestes a se pôr. Alentado pela vitória que se aproximava,murmurabaixinho:- Salém, Salém, daqui a pouco terei em meus braços o teu cetro preciosoque, em minhas mãos, tornar-se-á num instrumento de justiça e paz.Ouvindo a promessa do príncipe feita por entre gemidos, Samaelbradou-lhe com fúria:- O teu sofrimento não trará nenhum alvorecer para Salém ,pois tuas mãosjamais serão capazes de tocar no cetro.Depois de fazer essa afronta, Samael apossou-se de uma pedra pontuda,preparando-se para desferir os últimos golpes.Enquanto pensava sobre a feliz vitória de Salém, Melquisedeque sentiuseu braço direito sendo comprimido pelos pés de Samael. Seguiu a esserude gesto um golpe que o fez contorcer-se em agonia. Sua mão foravazada cruelmente, passando a jorrar abundante sangue da ferida aberta.Essa mesma violência foi descarregada logo depois sobre sua mãoesquerda.Não suportando a agonia causada por esses derradeiros golpes, o filho deAdonias, ensangüentado, mergulhou nas trevas de um profundo desmaio.A História de SalémCapitulo IXAo cessar de golpear o príncipe, o súdito rebelde ficou possuído por umestranho horror ao contemplar na face daquele que somente lhe fizera obem, o torpor da morte. Procurava não recordar o passado, mas,irresistente, sentia ser arrastado aos dias de sua feliz inocência emSalém. Revestido de ricas vestes estava sempre ao lado do príncipe que,com dedicação, ensinava-lhe a cada dia suas canções que falavam de paz.Nas indesejadas lembranças pelas quais era arrastado, reviveu seusprimeiros passos no caminho do orgulho e do egoísmo. Lembrou-se dosincessantes conselhos e rogos daquele que fora seu melhor amigo, paraque desistisse daquele caminho que poderia conduzi-lo à infelicidade.Depois de ser arrastado em lembranças por todo aquele passado defelicidade destruída por sua culpa, Samael teve consciência de suaingratidão. Horrorizado pelo que fizera, curvou-se sobre o corpoensangüentado de Melquisedeque, e desesperou-se ao vê-lo sem vida. Nãosuportando o peso da grande culpa, deixou às pressas aquele lugar,desejando ocultar-se distante, sob as trevas da fria noite.Depois de um profundo desmaio, o príncipe começou a voltar àconsciência; Em delírios que o transportavam ao seio de sua amada Salém,ele revivia momentos vividos e sonhados: Com alegria contemplava a facede seu maior amigo, para quem estendeu a mão com um sorriso. Mas seugesto foi frustrado por uma profunda dor. Em meio aos aplausos dossúditos vitoriosos, recebe de seu pai o cetro, mas ao tocá-lo, sente umairresistível dor em suas mãos.Com esses sonhos frustrados pela dor, Melquisedeque despertou para arealidade. Estava nu, ferido e solitário, em um lugar perigoso, longe doabrigo e carinho de Salém. Mais doloroso era pensar que tudo aquilo foraa retribuição de alguém que fora o alvo principal de todas as dádivas deseu amor.O príncipe, sem poder mover-se, considerando a grande traição passou achorar sem consolo. Lamentava não por sua dor, mas pela perdiçãodaqueles que haviam trocado o carinho e a justiça de Salém pelo desprezoe ódio que os reduziriam finalmente a cinzas sobre aquele valecondenado.Através das lágrimas, o príncipe contemplava o céu que, semelhante a ummanto tinto de sangue, estendia-se banhado na luz do sol poente.Lembrou-se então do alaúde pelo qual pagara tão alto preço. Onde estariaele?Em sua desesperada fuga, Samael deixara o cetro abandonado junto aocorpo ferido de Melquisedeque. Quando ele o viu, esqueceu-se de toda ador, e abraçou-o com suas mãos feridas. Acariciando-lhe o bojoarruinado, disse-lhe com um sorriso:- Você é meu novamente. Eu o comprei com o meu sangue".Samael que, dominado pelo estranho horror, fugira após cometer ohorrível crime, deteve-se a um passo do portão de Sodoma. Ali,impulsionado pelo orgulho, arrependeu-se com indignação de sua fraqueza.Por que fugira depois de conquistar tão grande vitória? Não era seuplano destruir o reino de Salém, para estabelecer seu próprio reino?Lembrando-se do cetro, decidiu retornar para tomá-lo. Por que o deixaraabandonado junto ao cadáver daquele odiado príncipe?Reunindo suas poucas forças, Melquisedeque dirigiu-se tropegamente aolugar em que deixara suas vestes.Depois de vestir-se, tendo junto ao peito o cetro amado, o filho deAdonias, com profunda emoção fez um juramento antes de deixar aquelelugar de seu sofrimento. Acariciando o cetro diz-lhe:- Meu querido cetro, você foi criado como um emblema da harmonia queprocede da justiça e do amor. Toda a glória de Salém repousava sobrevocê quando a rebeldia em sua ingratidão escravizou-o, arrastando-o paraeste vale hostil. Aqui você foi ferido e humilhado, vindo a tornar-se uminstrumento de impiedade nas mãos do tirano. Eu, porém, o redimi com omeu sangue. Agora nossas feridas serão restauradas, e em breve seremosentronizados em meio aos louvores de uma Salém vitoriosa. Quando essesonho se concretizar, testemunharemos juntos o fim daqueles que selevantaram contra nós para nos ferir. Samael e seus seguidores serãodevorados pelo fogo que reduzirá às cinzas Sodoma e Gomorra.Concluindo seu solene juramento ,o jovem príncipe, já oculto pelastrevas da noite e deixou aquela colina, e sobre ela as marcas de seusofrimento.Desde que o filho do rei partira, prometendo retornar com o cetro, Salémvivia momentos de indizível anseio. Em pranto, o rei e os súditosremanescentes lembravam-se de todo aquele feliz passado desfeito pelaingratidão dos rebeldes. O que mais lhes torturava era a ausência dopríncipe e do cetro, sem os quais todo o brilho daquele reino de paz seofuscaria.Desejando consolar o coração de seus súditos, Melquisedeque avançava emmeio à noite rumo aos montes que cercavam Salém. Ainda que enfraquecidoe ferido, prosseguia em sua marcha ascendente, esperando alcançar suapátria pela manhã.Aquela longa e escura noite foi finalmente vencida pelos raios doalvorecer. Em Salém a esperança em rever Melquisedeque com o seu cetroestava quase banida quando, ao olharem para o Monte das Oliveiras,viram-no descendo pelo caminho do Getsêmani. Quando o encontraram noprofundo vale de Cedrom, ficaram assustados com sua aparência: sua faceestava pálida e seu manto encharcado de sangue. Mesmo assim, ele sorriaexpressando grande alegria.Ao perguntarem-no sobre o porque daquelas marcas de sangue,Melquisedeque retirou de sob o manto suas mãos feridas, revelando-lhesentre elas o cetro redimido.Depois de contar-lhes os passos que o levaram ao resgate do cetro, ossúditos, emudecidos, prostraram-se reverentes aos seus pés, aclamando-ocomo seu redentor e rei.Em meio aos louvores das hostes redimidas, o príncipe foi introduzido nopalácio real, onde sob os cuidados de seu amoroso pai, deveriarestabelecer-se de seu sofrimento. O cetro desfigurado, agora maisprecioso, seria também restaurado, devendo tornar-se mais belo queantes.O dia da coroação foi fixado para o próximo Yom Kipur. Naquele dia,Melquisedeque selaria com o cetro restaurado o triunfo de todos osfiéis, bem como a condenação dos rebeldes.A História de SalémCapitulo XPoucos instantes após a saída de Melquisedeque, Samael chegara ao localonde o deixara aparentemente sem vida, ao lado do alaúde. Sem entenderaquele misterioso desaparecimento, ele prosseguiu para Gomorra, ondeseus seguidores o esperavam. a Ao vê-los, proclamou sua "vitória" sobreo odiado príncipe e sobre o cetro, os quais massacrara em Sodoma, nãorestando aos seguidores do pergaminho nenhuma esperança.Suas palavras agradaram a turba rebelde, que passou a comemorar a"conquista" entregando-se à orgia. Zombavam agora da justiça e do amor,exaltando a Samael como rei vitorioso.Obteriam agora armas, com o propósito de avançarem sobre Salém,desferindo-lhe o último golpe; Juntaram-se a eles em seu maléficopropósito, muitos criminosos que foram recebidos como mestres no manejode arcos e flechas.Em sua loucura, Samael ordenou o banimento de todo calendário, pois emseu reino de "liberdade" não estariam sujeitos a nenhum cômputo detempo. As leis da moralidade foram também banidas, surgindo com isso umcompleto caos. Essa desordem, revelou-se de maneira mais patente nobarulho estridente e cacofônico, ao qual proclamaram como a nova música.Dominados pelo egoísmo, Samael e seus seguidores alimentavam-se deilusões, inconscientes de que seus dias estavam contados. Os frutos darebelião não tardariam em atrair sobre eles o fogo da destruição.Dividindo seus seguidores em pequenos grupos, Samael passou acomandá-los em atos violentos que aterrorizavam os moradores dasplanícies; Por esse tempo, eles escondiam-se nas cavernas situadaspróximas ao mar salgado.O respeito e o medo dos guerrilheiros de Samael, levou finalmente osreis de quatro cidades a procurarem-no, propondo alianças de paz. Erameles: Bara, rei de Sodoma, Bersa, rei de Gomorra, Senaab, rei de Adama,Semeber, rei de Seboim e Segor, o rei de Bela. Por essa época, essesreis pagavam tributos a Cordolaomor, rei de Elam que, acompanhado pelosexércitos de quatro outras cidades, os haviam subjugado no vale de Sidimjunto ao mar salgado.Fortalecido pelas alianças, Samael tornou-se mais ousado em suasinvestidas, levando o terror e a destruição aos territórios de cidadesdistantes. Os exércitos de Cordolaomor e seus aliados que retornavamnesses dias de outras conquistas, enfurecidos pelas provocações deSamael, marcharam contra os quatro reis, vencendo-os novamente no valede Sidim. Foi nessa ocasião que levaram cativos os habitantes de Sodoma,entre os quais encontrava-se o meu sobrinho Ló.Acovardados diante do furor dos cinco reis, Samael e seus seguidoresesconderam-se em suas cavernas, ao norte do mar salgadoA História de SalémCapitulo XIOs doze meses contados a partir do grande sacrifício estavam prestes aterminar. O cetro, totalmente restaurado, resplandecia em seu estojo,enquanto o príncipe, igualmente restabelecido das feridas causadas pelarebeldia, alegrava-se ao ver chegar o Yom Kipur de sua coroação.Enquanto isso, ele compunha lindas canções que expressavam o seu amorpor Salém.Naqueles doze meses, a cidade da paz tornara-se mais bela, sendoadornada qual noiva para o grandioso dia da coroação.À uma semana para o Yom Kipur, Samael, totalmente inconsciente de que odia de seu julgamento se aproximava, reuniu os seus seguidores,anunciando-lhes que a próxima missão seria a conquista de Salém. Antesde avançarem, contudo, ele subiria sozinho para verificar os pontosvulneráveis da cidade.Depois de ser aplaudido pela turba, Samael partiu em sua missão dereconhecimento. Enquanto avançava sozinho, procurava não lembrar-sedaqueles momentos que trouxeram-lhe terror pela culpa, mas, dominado poruma força superior, foi arrastado em suas lembranças para aquele monteda cruel tortura.Todo o seu passado começou a vir-lhe à lembrança, como um pesoesmagador.Quando despertou-se de suas lembranças das quais não conseguiu fugir, jáera noite. A escuridão que o envolvia pareceu-lhe o prenúncio de umtriste fim. Esse desânimo, contudo, procurou bani-lo com a lembrança doexército que o esperava, pronto para cumprir suas ordens, na conquistade Salém, onde não haveria lembranças daquele pergaminho.O alvorecer o alcançou próximo de Salém. Ao avistar o monte dasOliveiras, veio-lhe à lembrança a última vez que o transpôs, deixandopara trás a cidade vencida. Quantas noites haviam passado desde então?Ele perdera a noção de tempo, não sabendo que justamente doze meseshaviam se passado. Não podia imaginar que, raiava naquela manhã o YomKipur, o dia de seu julgamento.Ao chegar ao topo do monte das Oliveiras naquela manhã, Samaelsurpreendeu-se ao ver que a cidade tornara-se mais bonita que outrora;Toda ela estava adornada de ramos e flores, como uma donzela à espera deseu noivo. Contudo, Salém estava abandonada, não havendo nenhum sinal devida em todas as suas mansões. Isto o fez concluir que os golpes quehaviam aniquilado o príncipe e o cetro, trouxeram como conseqüência todoaquele abandono. Ele não sabia, contudo, que naquele momento todos osremanescentes daquele reino, encontravam-se ocultos no grande salão dopalácio, aguardando pelo momento mais glorioso, da coroação deMelquisedeque.Imaginando-se exaltado sobre o trono abandonado, tendo a seus pés osexércitos vitoriosos, o rebelde penetrou na cidade, dirigindo-seapressadamente ao palácio. Ao transpor o portal principal que dá entradaao salão principal, ficou surpreso ao ver ali reunidos uma multidão defiéis. Sobre um áureo tablado, enfeitado de flores talhadas em pedraspreciosas, encontra-se o trono vazio. Na base do trono estava opergaminho das leis, uma coroa de ouro cheia de pedras preciosas e oestojo que deixara vazio naquela noite de traição. Sem entender oenigma, Samael escondeu-se por trás de uma coluna, temendo serreconhecido, e ficou observando.Os súditos, com expressão de feliz expectativa olhavam para o tronovazio. Onde encontravam eles motivos para toda essa alegria, se haviamperdido o seu rei juntamente com o cetro? Samael questionava sobre essemistério, quando Adonias, aplaudido pelos súditos, encaminhou-se parajunto do trono.Com voz cheia de emoção pela vitória, o fundador de Salémanunciou que havia chegado o momento tão sonhado da coroação. Um bradode triunfo ecoou pelos ares quando, anunciado pelo seu pai, entrou oamado príncipe encaminhando-se em direção do trono. Ao vê-lo coberto porum manto de glória, Samael ficou possuído por um terrível pavor, eprocurou fugir. Descobriu, contudo, que todos os portais do grande salãoestavam fechados por fora.Teve início a cerimônia da coroação. Era um momento deveras solene.Adonias, num gesto reverente, tomou a rica coroa, colocando-a na frontede seu filho. Prostrando-se depois sobre o estojo, abriu-ocuidadosamente, tirando dele o alaúde restaurado, cuja beleza e brilhoeram muito superiores à sua primeira condição, ao sair das mãos deAdonias o seu luthier. Assentando-se no trono em meio às aclamações dossúditos, Melquisedeque passou a dedilhar o cetro, tirando dele acordesde muita harmonia e paz. Todos se aquietaram para ouvirem suas novascomposições que expressavam o seu profundo amor pelo cetro e por todoaquele reino de paz.Grande emoção invadia o coração de todos naquele momento, levando-os àslágrimas. Samael, sem forças para reagir, sentia-se torturado poraqueles acordes que torturavam faziam reviver em sua mente suasoportunidades perdidas, numa terrível tortura para sua consciência.Melquisedeque compusera para aquele momento especial, canções queretratavam os momentos mais marcantes da história de Salém; Quandopassou a cantar sobre a amizade que tinha por Samael, sua vozembargava-se pelas lágrimas que não conseguia conter. Triste para eleera cantar sobre a queda daquele que era-lhe o maior amigo! Cantou entãosobre o alto preço que teve de pagar pela reconquista do cetro, querepresenta a honra de Salém.Ao contemplarem aquelas mãos marcadas pelas cicatrizes, tocando comtanta maestria e carinho o cetro restaurado, os súditos tomados porforte emoção, prostraram-se em pranto.Ao ver nas nãos de Melquisedeque aquele alaúde que, em suas mãos forainstrumento de tortura, Samael compreendeu, tarde demais o quantoerrara, desviando-se dos conselhos do príncipe; Quantas vezes aquelasmãos sobre as quais descarregara toda aquela violência haviam sidoestendidas num esforço de salvá-lo, e ele as havia negligenciado. Agora,era tarde demais! Tarde demais!!!A História de SalémCapitulo XIIOs súditos triunfantes que, reverentes, haviam sido conduzidos a todoaquele passado de felicidade, traição, dor e triunfo, uniram finalmenteas vozes numa jubilosa proclamação:Verdadeiros e justos são os teus princípios, ó rei de Salém. Digno és dereinar em glória e majestade entre os louvores de teus fiéis, porque emteu sacrifício nos livraste das ameaças das trevas, fazendo renascer emnosso coração a alegria do alvorecer.Esse cântico de exaltação foi seguido pela cerimônia de confirmação detodos os fiéis em sua vitória. O filho de Adonias, com o seu cetroredimido, passou a selar com um toque especial do cetro, a vitória decada um. Formou-se para tanto uma longa fila de fiéis exultantes.Os súditos confirmados, à medida em que iam recebendo o toque deaprovação do rei, posicionavam-se ao lado direito do trono, ondepermaneciam aguardando pela confirmação dos outros.Os olhares que, iluminados de alegria, haviam acompanhado o selamentodos últimos justos, pousaram sobre a figura estranha de Samael que,dominado por uma força irresistível, encaminhava-se cabisbaixo emdireção do trono. Seu aspecto era horrível: seu semblante havia sidodeformado pelo mal; suas vestes estavam sujas e mal cheirosas; tudo nelerepugnava, ao ponto de ninguém reconhecê-lo.Em meio ao espanto dos súditos, Melquisedeque ergueu-se de seu tronocomo que ferido por uma grande dor; De seus lábios os súditos ouvem umadolorosa exclamação:- Samael, Samael!!!A figura deplorável daquele que fora tão belo, encheu a todos detristeza, e começaram a prantear. Eles lamentavam por saber que odestino de Samael e de todos aqueles que o seguiram, poderia ter sidomuito diferente, se eles houvessem atendido aos rogos de amor de Adoniase de seu filho. Não era o plano do rei e o sonho de Melquisedeque tê-locomo o guardião do pergaminho, sendo o segundo em honra naquele reino?Samael que, reconhecendo sua desventura, aproximara-se cabisbaixo dotrono, ao presenciar toda aquela lamentação, é novamente iludido peloorgulho, julgando tratar-se de uma demonstração de fraqueza de seusinimigos. A lembrança de seu exército que fortalecido o aguarda naplanície, ilude-o com a certeza de que será vitorioso sobre Salém.Comesse pensamento, ergue a fronte marcada pelo ódio e, fitando o rei,levanta o punho cerrado e o desafia, desdenhando de sua autoridade, coma ameaça de tomar-lhe o trono.Ainda que condoídos por sua perdição, os súditos de Salém não suportarama ousada afronta daquele enlouquecido jovem que, depois de causar tantosofrimento, ainda era capaz de erguer-se com tamanho desafio.O vitorioso rei que com tanto prazer selara com o seu cetro a conquistados fiéis, ergueu-o dolorosamente para o selamento da triste sorte dosrebeldes. Imobilizado por uma força estranha, Samael, sem desviar osolhos do cetro, ouviu dos lábios do rei a proclamação de seu julgamentoe de todos os seguidores:Prisioneiros de uma força invisível, ficariam retidos em suas cavernaspor seis anos, sendo depois visitados pelo fogo do juízo que osdestruiria juntamente com as cidades que a eles se aliaram.A História de SalémCapitulo XIIIAo ir para a cama depois daquele dia de tantas emoções, o jovem rei,imerso nas lembranças daquele passado de felicidade e dor, rolava em suacama insone. Quando finalmente adormeceu, teve um sonho muitosignificativo.No sonho, apareceu-lhe um anjo luminoso, que saudou-o com um sorriso,dizendo-lhe que todo o Universo acompanhava com atenção todo aqueledrama que estavam vivendo, que o mesmo tinha um sentido prefigurativo,retratando acontecimentos passados e futuros, que envolvia todo o vastouniverso.As palavras do anjo despertaram em Melquisedeque um grande desejo deconhecer a história desse drama cósmico.Conhecendo o seu anseio, o anjo arrebatou-o no sonho revelando-lhe umdistante futuro. Diante de seus olhos manifestaram-se as glórias de umanova e esplêndida Salém, cujas muralhas e mansões eram feitas de pedraspreciosas; Os portais da cidade eram de pérolas. Suas amplas avenidaseram de ouro puro. A cidade era quadrangular e se estendia por centenasde quilômetros. Estava dividida em dois setores distintos: Norte e Sul.Ao Sul elevavam-se incontáveis mansões, habitações eternas de anjos e deseres humanos redimidos; Ao Norte havia um lindo paraíso ao qual o anjorevelou ser o jardim do Éden. Ali, em ambas as margens do rio da vida,havia campos repletos de todo tipo de vegetação, com flores e frutos emabundância. Viviam ali em perfeita harmonia, todas as espécies deinsetos, aves e animais.No meio do paraíso podia-se ver uma montanha fulgurante, a qual o anjoafirmou ser o monte Sião, o lugar do trono de Deus. Era daquele monteque emanava o rio da vida, fluindo por toda a cidade.Quando alcançaram o topo da montanha sagrada, o rei de Salém ficoudeslumbrado com o cenário visto ao seu redor. Encontrava-se na partemais elevada de Sião a mais