Todas as religiões são escadas para Deus, tal como Jacó viu em sonhos. A experiência do sagrado revela um desejo e uma percepção de que o homem entra em contato com o cerne do real, a verdadeira consistência das coisas, vencendo a ameaça do nada, do sem-sentido, do absurdo, do insignificante. Está aí o espaço do real encontro com Deus, o Deus do nosso Coração. Mesmo na precariedade e imperfeição dos ritos, das hierofanias, dos fetiches, dos ídolos, há sempre um mínimo encontro com Deus.
Nesse caminho seguiu Paulo, em cuja pregação aos gentios, aportando em Atenas, falou aos gregos sobre o “Deus Desconhecido”, que eles cultuavam. De sorte que, para o nosso próprio bem, e assim, evitando as contendas, precisamos adotar uma atitude não apenas de tolerância, mas também de respeito para com todas as formas de crença. Mais uma vez recomenda o Apóstolo Paulo: “Acolhei aquele que é fraco na fé, com bondade, sem discutir as suas opiniões... Por que julgas e desprezas o teu próximo? Assim, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Cessemos, pois, de julgar uns aos outros, antes, cuidai de não pôr um tropeço diante de nosso irmão ou dar-lhe ocasião de queda... Nenhuma coisa é impura, a não ser aquele que a tem como tal”.
Gráfica Pontual
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